Uma das autoras mais bem-sucedidas da Globo nos últimos anos, Rosane Svartman não pensa em ser promovida. A novelista responsável por Vai na Fé, sucesso na faixa das sete que terminou na última semana, rejeita a ideia de escrever uma obra das nove.

Rosane Svartman
Autora Rosane Svartman (Divulgação / Globo)

A autora, que começou a carreira nas novelas em Malhação (2012), trama que assinou em duas temporadas – também escreveu em 2014 -, foi alçada ao segundo horário mais importante da dramaturgia global em 2015.

Com Paulo Halm, Rosane desenvolveu Totalmente Demais naquele ano. Em 2019, ainda em dupla, voltou às 19h com Bom Sucesso. Ambas foram sucesso de crítica e audiência.

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Autora recusa horário das nove

Sheron Menezzes e Elisa Lucinda em cena de Vai na Fé
Sheron Menezzes e Elisa Lucinda em cena de Vai na Fé (reprodução/Globo)

Muito bem avaliada, a novelista viu seu nome ainda mais em ascensão após emplacar com o trabalho solo em Vai na Fé. A história protagonizada por Sheron Menezzes (Sol) se tornou um sucesso de público, crítica e faturamento.

Com três novelas bem-sucedidas às sete, Rosane já vem tendo seu nome cogitado para o horário das nove, a faixa mais nobre da dramaturgia. No entanto, ela rejeita a ideia de ser promovida.

“Entendo que as pessoas esperem que eu faça uma novela das nove, mas não é um desejo meu”, afirmou a escritora ao site Notícias da TV.

“Eu gosto muito da novela das sete, porque eu posso ser boba sem problemas. O horário me permite uma mistura de gêneros: tem aventura, romance, emoção, drama, humor. Eu me sinto muito confortável na novela das sete, porque ela é muito parecida com a vida, sabe? A vida da gente tem todos esses ingredientes, todos esses gêneros”, explicou.

Sem escolha

Paulo Halm e Rosane Svartman
Paulo Halm e Rosane Svartman (Reprodução / Web)

Apesar de não gostar da ideia, a autora de Vai na Fé não descarta totalmente escrever uma novela das nove. Como contratada da Globo, ela pode ter que atender a uma ordem da emissora, mas já deixou claro que não gostaria.

“Isso não quer dizer que eu não vá fazer um dia, não é isso. Se eu fizer, não venham me cobrar (risos). Mas não gostaria, não. Eu sinto que a novela das nove demanda temas mais pesados, sabe? Grandes temas, que é como eu chamo. E aí eu acho que é outro desafio, mas eu me sinto confortável e muito feliz fazendo a novela das sete”, declarou.

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Autoras se deram mal

Licia Manzo
A autora Lícia Manzo (divulgação/Globo)

O receio de Rosane Svartman faz sentido. Algumas autoras promovidas pela Globo para o horário das 21h não se deram tão bem. O caso mais recente é de Lícia Manzo.

Bem-sucedida na faixa das 18h, a novelista foi para a faixa nobre e enfrentou um verdadeiro fiasco com Um Lugar ao Sol (2021).

Quem também viveu um pesadelo no horário nobre foi Maria Adelaide Amaral. A escritora sempre fez questão de dizer que não queria escrever uma novela das nove. Mesmo assim, a Globo insistiu e ela aceitou a missão.

Maria Adelaide Amaral
Maria Adelaide Amaral (Divulgação / Globo)

Em 2016, a autora escreveu A Lei do Amor em parceria com Vincent Villari. A novela foi um fiasco e a veterana ficou traumatizada a ponto de ter que tomar remédios. Em live no YouTube no canal BR Lab, em 2020, ela desabafou.

“A coisa tem que dar certo. E quando não dá certo, é uma merd*. É uma merd* para todo mundo. Traumatiza, você fica mal, tem que tomar ansiolítico, no meu caso. Tive um fracasso, A Lei do Amor. Isso é ruim, é péssimo. Uma novela das nove, é uma merd*”, disparou.

A Lei do Amor acabou sendo a última novela de Maria Adelaide Amaral e a traumatizou. A autora foi dispensada pela Globo no fim de 2022 e fez uma promessa: nunca mais escrever novelas.

Talvez Rosane Svartman esteja certa…

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Publicitário e roteirista, escreve sobre televisão desde 2013. Com passagem por diversos sites, atuou como redator, editor e repórter, função que proporcionou entrevistar grandes nomes. Um apaixonado por televisão, que ama novelas desde que se entende por gente.