Atrasos nas produções de suas próximas novelas têm se tornado rotina na Globo. Com Renascer, não está sendo diferente. O remake da obra de Benedito Ruy Barbosa estaria enfrentando dificuldades em cumprir o cronograma estabelecido para conseguir entrar no ar em meados de janeiro de 2024.
Com isso, a emissora estaria cogitando esticar Terra e Paixão, novela que já terá um número de capítulos bastante superior aos atuais padrões do canal. Mas Walcyr Carrasco não teria gostado nada da ideia e se recusado a prolongar sua história, criando um impasse na Globo. E agora?
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Produção atrasada
A equipe de Renascer, liderada pelo autor Bruno Luperi e o diretor Gustavo Fernandez, já disparou os primeiros trabalhos da obra que, a princípio, tem estreia prevista para 22 de janeiro de 2024. Terra e Paixão, portanto, deve ter seu último capítulo exibido na sexta-feira anterior, dia 19.
Mas isso pode mudar. De acordo com o portal Notícias da TV, as gravações de Renascer estão atrasadas e a Globo teme não ter tempo hábil para colocar a novela no ar na data prevista. Com isso, a direção do canal teria solicitado que Walcyr Carrasco estendesse a duração de Terra e Paixão.
Porém, ainda de acordo com o NTV, Carrasco teria se recusado a aumentar a trama. Isso porque Terra e Paixão já foi concebida como uma novela longa, com nada menos que 221 capítulos. Caso ela ganhe uma ou duas semanas a mais, poderá ultrapassar a marca dos 230 capítulos, algo praticamente inconcebível para os padrões atuais.
Vale lembrar que a última novela das nove da Globo a ultrapassar a marca dos 200 capítulos foi Amor à Vida, também de Walcyr Carrasco, que teve os mesmos 221 capítulos previstos para Terra e Paixão. Ou seja, o autor poderia quebrar seu próprio recorde.
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Recusa
Porém, o Notícias da TV informou ainda que Walcyr Carrasco teria se recusado a ir além dos 221 capítulos previstos. Um dos motivos para a recusa seria justamente o fato de a novela já ser longa. Prolongá-la ainda mais seria um desafio dos mais espinhosos.
Além disso, Carrasco vem enfrentando problemas de saúde. Recentemente, ele passou por uma cirurgia nos olhos e outra na perna. Por conta disso, precisou trabalhar no hospital, contando com o auxílio dos autores Thelma Guedes e Márcio Haiduck.
Outro problema é que o autor precisou acelerar o ritmo da trama para tentar elevar os índices, fazendo com que a sinopse original fosse totalmente “queimada” antes da hora. Assim, Carrasco e sua equipe estão tendo que se virar para criar novas tramas, e o resultado no ar, como é possível perceber, está bem aquém do esperado. A novela anda em círculos.
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Impasse
Com a recusa de Walcyr Carrasco, a Globo vive um impasse. Afinal, a emissora já começa a correr contra o tempo para conseguir colocar Renascer no ar o mais rápido possível. A ideia é não queimar etapas, já que o canal sonha que o novo remake repita o êxito de Pantanal (2022) e, por isso, a história de Bruno Luperi é prioridade.
Uma possível solução seria repetir a estratégia adotada em Um Lugar ao Sol (2021), que foi prolongada em razão do atraso de Pantanal. Como a trama de Lícia Manzo já estava toda gravada, o prolongamento se deu na edição, que transformou os 107 capítulos finalizados em 119. Porém, trata-se de uma estratégia de alto risco, já que o “desdobramento” dos capítulos afeta diretamente o ritmo da narrativa, o que pode afugentar o público em plena reta final.
Outra solução seria escalar uma minissérie do Globoplay para “tapar buraco”, adotando uma estratégia semelhante ao que a Globo fez em 1996. Na época, O Rei do Gado estava atrasada e Gloria Perez, autora de Explode Coração, se recusou a esticar sua trama. Com isso, o canal exibiu O Fim do Mundo, de Dias Gomes, na faixa. A produção, concebida inicialmente como uma minissérie, foi exibida como uma “mininovela” em 35 capítulos.
Porém, o ideal seria a Globo se apressar para colocar Renascer no ar o mais rápido possível. Afinal, se a emissora adiar a estreia, vai correr o risco de lançar a próxima novela das nove em plena época de carnaval, o que pode prejudicar a produção.
