Autor: Nilson Xavier

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor

Glória Perez voltou ao horário das 9 da Globo com Travessia. Apesar de alguns percalços iniciais, ainda é cedo para saber se a trama vai ser sucesso ou não. Novela é obra aberta, sujeita a tempestades no decorrer do percurso. Glória uma é autora reconhecida por driblar em sua obra as mais imprevisíveis intempéries. Na maioria das vezes, conseguiu reverter os problemas a seu favor, como em América. Outras, nem tanto. Relembre: Partido Alto A primeira adversidade ocorreu logo em sua estreia como novelista titular, porém não solo. Em 1984, Glória escreveu Partido Alto juntamente com Aguinaldo Silva, então estreante…

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Foi em 1984. Era a inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A Globo decidiu não transmitir os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro quebrando uma tradição de nove anos – a emissora os transmitia desde 1974. A emissora priorizou sua grade, que exibia atrações como a novela Champagne, que estreava há exatamente 39 anos, em 24 de outubro de 1983. Problemas internos, falta de interesse pelo Sambódromo e até questões políticas foram cogitadas. José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, então superintendente da Globo, explicou em seu “Livro do Boni”: “Em 1983, o governador (do Rio) Leonel Brizola decidiu…

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Não quero causar celeuma, briga, unfollow ou cancelamento. Mas sinta-se confortável para discordar e seus argumentos serão aceitos, porque serão subjetivos tanto quanto são os meus. Manoel Carlos é conhecido como o cronista da classe média-alta carioca. E por que suas novelas eram tão apaixonantes, se fugiam da realidade da grande maioria dos telespectadores? Porque apesar da estampa idealizada e glamourizada, os personagens e seus dramas eram reais, muito críveis. Não falo das situações (mãe e filha darem à luz no mesmo dia e horário, por exemplo), mas das emoções causadas pelos dramas que esses personagens viviam. A melhor fase…

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Travessia está no ar. Durante a coletiva de imprensa da novela, realizada ainda em setembro, a autora Glória Perez e o diretor artístico Mauro Mendonça Filho foram questionados quanto à escolha da estreante Jade Picon para um papel importante na trama, a antagonista Chiara. Glória foi enfática ao dizer que Jade fez um teste e o resultado foi ótimo. Autora e diretor também afirmaram que a ex-BBB é ideal para o papel que procuravam. Estreantes em papeis importantes, mas pouco conhecidos do grande público, ou advindos de outras áreas que não a atuação, são comuns na televisão. Existem inúmeros casos…

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A TV Globo estreou, nesta segunda-feira (10), a novela Travessia, criada e escrita por Glória Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho. A campanha de lançamento foi ostensiva, com inúmeras peças inseridas na programação da emissora, inclusive em programas. O objetivo era chamar a atenção do público viúvo de Pantanal, a novela antecessora, avaliada como um grande sucesso. É uma tarefa difícil, haja vista a discrepância entre as duas obras, uma rural e outra urbana, uma com o apelo da natureza e da vida interiorana, outra amparada em tecnologia e modernidade. Se em Pantanal, o protagonista Zé Leôncio resistiu…

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A música da abertura da nova novela das nove da Globo, Travessia, que estreia nesta segunda (10), será Tempos Modernos, de Lulu Santos, em uma gravação de Seu Jorge. “Hoje o tempo voar amor / escorre pelas mãos…”. A informação foi dada inicialmente durante a coletiva de imprensa da novela. A música não é nova, todos sabem. Nem é a primeira vez em uma telenovela. Já na época de seu lançamento, em 1982, entrou para a trilha sonora de Sol de Verão. Repetir músicas em novelas é uma prática das mais antigas, acontece desde a década de 1970. A partir…

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Chegou ao fim, nesta sexta-feira (7), a saga de José Leôncio em Pantanal, remake da novela criada por Benedito Ruy Barbosa (em 1990), escrito por seu neto Bruno Luperi, com direção artística de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez. A regravação desse sucesso da TV Manchete foi o grande acerto da Globo na retomada de produções inéditas em período de pandemia de Covid-19. Em setembro de 2020, quando a emissora oficializou o projeto – àquela época, soando um tanto quanto ambicioso -, levantou-se uma série de dúvidas. Quem seria a nova Juma, o novo Velho do Rio, como agradar os fãs…

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Há 31 anos, em 4 de outubro de 1991, terminava na faixa das seis da Globo a novela Salomé, escrita por Sérgio Marques, dirigida por Herval Rossano e protagonizada por uma louríssima Patrícia Pillar, no papel-título. Nunca reprisada, a produção não obteve os índices esperados para a época. A novela teve como ponto de partida o romance homônimo do modernista Menotti Del Picchia (1892-1988), publicado em 1940, por sua vez inspirado na passagem bíblica segundo a qual a dançarina Salomé, enteada do rei Herodes Antipas, lhe pede a cabeça do profeta João Batista em uma bandeja, atendendo a sugestão de…

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Mar do Sertão está fazendo bonito na Globo. De acordo com o publicado pela jornalista Patricia Kogut, a novela manteve os bons índices de audiência da produção anterior (Além da Ilusão) e, após uma pesquisa de opinião, foram encomendados ao autor Mário Teixeira mais capítulos além dos inicialmente previstos. Ordens para esticar uma novela, ou para encurtar, são comuns na televisão. Fazem parte do jogo, do DNA da “obra aberta”, que é a telenovela, formato dependente das variações de humor do público ao longo do percurso. Esticamentos e encurtamentos existem desde sempre e as razões são as mais variadas possíveis.…

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Como é de conhecimento geral, a novela A Viagem – sucesso da Globo produzido em 1994 – é o remake de uma antiga novela de Ivani Ribeiro, exibida pela TV Tupi entre 1º outubro de 1975 e 27 de março de 1976. Tenho uma vaga lembrança desta primeira versão, mas era muito criança. Lembro de ter ficado impressionado com as imagens de Ewerton de Castro – o Alexandre – no Vale dos Suicidas e não quis mais ver a novela. Meus pais, católicos, tampouco a prestigiaram, por puro preconceito. Esta versão foi reprisada pela Tupi em 1980, durante os últimos meses…

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