Autor: Nilson Xavier

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor

Boa semana em Sonho Meu, dando continuidade ao ritmo movimentado da semana anterior • Cláudia não cedeu às investidas de Jorge (por enquanto), o que é bom. Cláudia é bem diferente da mocinha da novela Ídolo de Pano, Andréia (Elaine Cristina), que, além de ceder, ainda engravidou do vilão, o que serviu de base para a trama que se desenrolou. Claro que em Sonho Meu a história tem outro rumo, mesmo porque Cláudia ainda soma características da personagem equivalente da novela A Pequena Órfã (a mãe da menina). • A fuga de Maria Carolina do orfanato, e a tentativa de Claudia de…

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O drama da gente A Vida da Gente – trama das seis cuja reprise foi concluída nesta sexta (06) – não inovou a teledramaturgia brasileira, mas, na ocasião de sua exibição original (entre 2011 e 2012), trouxe alguma novidade para este universo. Nunca antes uma novela havia priorizado tramas psicológicas e diálogos em detrimento à ação. Isso lhe valeu o apelido de “novela DR” (discussão de relação). A maioria dos capítulos trouxe diálogos em que pares discutiam o sentimento ou comportamento de algum personagem. Foi quando a autora Lícia Manzo fez uso do “personagem orelha”, aquele que pode até aconselhar…

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Ney Matogrosso completou 80 anos de idade no dia 1º de agosto. Um dos maiores artistas deste país, Ney de Souza Pereira nasceu no município de Bela Vista, no Mato Grosso do Sul, em 1941. Integrou o grupo Secos & Molhados em 1973 e lançou-se à carreira solo em 1975. Em quase 50 anos de carreira solo, Ney soma 24 álbuns de estúdios, 9 álbuns ao vivo e muitos prêmios e discos de ouro e platina. Suas apresentações cênicas, com maquiagem evidente e figurinos exóticos, são uma marca registrada desde os tempos dos Secos & Molhados. Ney Matogrosso é um…

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• Lembra que reclamei, na última review, que a trama de Sonho Meu havia estagnado já em sua segunda semana? Acho que, à época, algum alarme deve ter soado, porque a história deu passos largos na terceira semana: Geraldo e Cláudia se encontraram com a filha Maria Carolina (separadamente). O autor preferiu não maturar essa catarse e já queimar munição. O que é bom e recomendável, quando a trama está parada. • Tio Zé, em vez de artesão, deveria ser detetive particular. Foi para o Rio de Janeiro com um nome – Geraldo Vieira, super comum -, e descobriu em…

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Com mudanças implantadas nos últimos anos, em estética plana e minimalista, a Globo se afasta, cada vez mais, da imagem de “Vênus Platinada”, imortalizada por Hans Donner em vinhetas e aberturas de programas. Está definitivamente enterrada a era das imagens 3D em tons metalizados e fundo degradê. Quando chegou à Globo em 1975, o designer alemão (criado na Áustria), que comemora 73 anos neste sábado (31), ficou responsável pela identidade visual da emissora. E causou uma verdadeira revolução na nossa TV, usando (ou não) computação gráfica e os mais modernos recursos de que dispunha. Listo 10 das melhores aberturas de…

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A Globo estreia, no próximo dia 9 de agosto, no horário das seis, uma novela inédita (a única por enquanto): Nos Tempos do Imperador, de Thereza Falcão e Alessandro Marson, com direção artística de Vinícius Coimbra. A coletiva de imprensa foi realizada na tarde de segunda-feira (26), com a presença, por meio remoto, dos autores, diretor e parte do elenco principal: Selton Melo, Letícia Sabatella, Mariana Ximenes, Alexandre Nero, Dani Ornellas, Rogério Brito, Michel Gomes e Gabriela Medvedovski. Nos Tempos do Imperador é continuação de Novo Mundo, que autores e diretor apresentaram em 2017. Se em Novo Mundo o foco…

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A proposta é relembrar as novelas da Globo que foram ao ar durante Jogos Olímpícos de Verão passados, desde os primeiros com a emissora em operação, em 1968. Por que a Globo? Porque é a emissora com mais transmissões de Olimpíadas. 1968, Cidade do México – 12/10 a 27/10 Pela primeira vez, os Jogos foram sediados na América Latina. No entanto, nosso país ainda não viu ao vivo: o satélite só chegaria no ano seguinte. O Brasil ficou em 35º lugar, com 3 medalhas. 1 medalha de prata: Nelson Prudêncio – Atletismo salto triplo 2 medalhas de bronze: Servílio de…

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• Fiquei um pouco decepcionado com a segunda semana de Sonho Meu. Não apenas pelos poucos acontecimentos relevantes. Acho que a trama central (do Ídolo de Pano) está sendo conduzida de forma insatisfatória por causa do apelo infantil de A Pequena Órfã. Há um conflito. A trama adulta de Sonho Meu parece dependente da infantil, o que faz a história dos irmãos Lucas e Jorge diluir-se em entrechos tolos e maniqueístas demais. Imagine que, em 1993, Sonho Meu substituiu Mulheres de Areia, que tinha uma trama robusta até mesmo para o horário das seis. Deve ter sido um baque para o…

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Já falei em outras ocasiões que memória afetiva interfere na nossa percepção sobre telenovelas do passado. Sonho Meu, recente estreia do Viva, mexe com a minha. Não exatamente por causa da novela em si, mas pela época (meus 20 e poucos anos). Mais ainda por causa da cidade de Curitiba. No início dos anos 1990, Curitiba estava em evidência, na moda, por razões boas: o então prefeito Jaime Lerner colocou a cidade nas páginas das revistas (nacionais e estrangeiras) por causa de sua administração voltada ao urbanismo e mobilidade humana, época da criação da Rua 24 Horas, da Ópera de…

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A premissa era interessante: três moças que não se conheciam, testemunhas de um crime, são dadas como mortas e recebem novas identidades para escapar de bandidos. Poderia ser uma série de ação e suspense. Poderia ser uma novela de proposta realista, para o horário das nove ou das onze. Entretanto, a sinopse foi idealizada por Daniel Ortiz, autor de novelas do horário das sete, como Haja Coração (2016). Logo, o resultado foi a comédia escrachada. Salve-se Quem Puder (concluída nesta sexta-feira, 16) foi um verdadeiro deus nos acuda para Ortiz. O autor teve dificuldades para levar adiante a sua ideia…

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