Atriz de Um Lugar ao Sol voltou às novelas após 15 anos: “Tive medo”

Natalia Lage

Natália Lage começou cedo a exercitar sua veia artística. Aos quatro anos, participou de um comercial da Caixa Econômica Federal, mas sua primeira atuação como atriz foi no seriado Tarcísio e Gloria (1988).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em 1989, fez sua estreia em novelas no papel de Regina, filha de Ângela (Lucinha Lins) e João Mattos (José Wilker), em O Salvador da Pátria, recentemente exibida pelo Viva e disponibilizada no Globoplay.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos anos seguintes, esteve em Gente Fina (1990), Perigosas Peruas (1992), O Mapa da Mina (1993), Tropicaliente (1994) e Cara & Coroa (1995).

Protagonista

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Em 1997, venceu um grande desafio ao viver Luísa Schneider, uma das protagonistas de O Amor Está no Ar.

Além disso, a atriz teve diversas participações em episódios do Você Decide e no episódio de estreia do seriado Mulher (1998). Depois, vieram Malhação (1999), A Lua Me Disse (2005) e Pé na Jaca (2006), sua última aparição em novelas.

Questionada sobre seu afastamento da telinha, a atriz, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, disse:

“Algumas pessoas acham que não fazer novela é uma decisão deliberada dos atores. Nem sempre é assim, a gente vai caminhando de acordo com as oportunidades que aparecem. Eu fiz A Grande Família e emendei em Tapas e Beijos. Depois, acabei indo para São Paulo e fiz mais teatro e cinema”.

Romance lésbico

Após 15 anos, temos o prazer de rever Natália na TV em Um Lugar Ao Sol, atual trama das nove da Globo. Na história escrita por Lícia Manzo, ela vive Gabriela, uma médica, amiga de Ilana (Mariana Lima). As duas se apaixonam após a produtora recorrer à médica durante sua gravidez de risco.

A atriz mostrou preocupação por interpretar uma personagem lésbica. O motivo são as declarações do presidente Jair Bolsonaro, criticando abertamente homossexuais em entrevistas e discursos. O receio foi tanto que ela achou que seria rejeitada pelo público.

“Neste momento do Brasil, em que vivemos uma homofobia praticada e estimulada pelo próprio presidente da República, achei que realmente fosse ter alguma reação negativa. A sensação que tenho é de que o país regrediu 40 anos”, disse, em entrevista à Patrícia Kogut.

“Sinto-me orgulhosa por esse trabalho. É fundamental abordar o tema e naturalizá-lo. Precisamos caminhar para um momento em que o preconceito não precise mais ser discutido. Aí sim os personagens das chamadas minorias, que não são de fato uma minoria em termos quantitativos, vão ter outras questões para resolver. Uma das minhas grandes preocupações ao interpretar Gabriela foi não estereotipar”, continuou a atriz.

Mas quem acha que Natália ficou parada durante esse período em que esteve longe da televisão, vai se surpreender com sua outra faceta, a de artista plástica.

Ela faz quadros a partir de colagens e tintas acrílicas desde 2012 e deu continuidade a este lado artístico desconhecido de grande parte do público, aproveitando também o começo da pandemia para aprimorar sua técnica.

“Foi algo que veio sorrateiramente. Eu fazia colagens, fiz alguns cursos e fui parar na tinta acrílica. Não sou desenhista nem mesmo me considero pintora. Sou uma pessoa que tem uma relação com a tinta”, explicou.

A atriz irá expor seu trabalho em março, no Espaço Cultural Correios, em Niterói, onde nasceu.

Atualmente, Natália Lage está com 43 anos e mora no Rio de Janeiro com o namorado, o ator e diretor Silvio Guindane.

Sair da versão mobile