Vira e mexe, o remake de A Viagem volta à pauta dos noveleiros. A trama de Ivani Ribeiro foi produzida pela Tupi, em 1975, e reeditada na Globo em 1994.
Não se sabe se, um dia, a terceira versão sairá do papel. No que depender de Lucinha Lins, porém, a novela não só retorna como terá a participação dela.
Em 94, Lucinha respondeu por Estela, irmã da protagonista Dinah (Christiane Torloni) e mãe de Bia (Fernanda Rodrigues). A personagem marcou a carreira da atriz.
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“Com todo o prazer”
Na última segunda-feira (3), em entrevista à revista Quem, Lucinha Lins falou sobre a possível atualização de A Viagem.
“Não estou sabendo, mas faria uma participação com todo o prazer para fazer parte desta novela. Mesmo que fosse para passar lá no fundo com uma bandejinha de café, ficarei muito feliz só de fazer parte”, destacou.
Sobrenatural
No bate-papo, Lucinha também recordou experiências sobrenaturais que viveu nos bastidores do folhetim.
“Mexemos com uma energia muito forte nesta novela”, salientou.
“Eu me lembro de uma cena boba, de três ou quatro frases em que a Estela entrava com uma bandeja de chá e servia a Diná, que estava sentada no sofá. Era uma cena de meia página (do roteiro). Quando entrei, a Chris saiu do sofá, escorregou e se sentou no chão. Até aí tudo bem. Eu botei a bandeja em cima da mesa de centro, me sentei no chão e comecei a servi-la”, recordou.
“Começamos a cena com as falas normais, mas do nada desenvolvemos um diálogo que não estava escrito. Uma cena de meia página se transformou em uma página e meia. Conversamos pertinente a cena, mas um texto que não estava escrito e fechamos a cena tomando chá, como previsto. Veio uma voz da direção: ‘Posso cortar?’. Olhamos uma para a outra se entender nada. Fizemos uma cena que não sabíamos que tínhamos feito”, concluiu a atriz.
Do crente ao ateu
A carga energética nos bastidores de A Viagem era tão grande que, de acordo com Lucinha Lins, muita gente que participava da obra acabou mudando as suas convicções após a conclusão dos trabalhos.
“Tem atores que entraram céticos e saíram dizendo que tinha alguma coisa que precisava ser estudada ali. Volta ou outra, havia uma sensibilidade em todos nós de uma energia pesada ou muito alegre e positiva”, explicou.
Vai ter remake de A Viagem?
A Globo, interessada em surfar no sucesso da adaptação de Pantanal (2022), prevê novas versões de Elas Por Elas (1982), de Cassiano Gabus Mendes, ainda para este ano, às seis, e Renascer (1993), de Benedito Ruy Barbosa, na faixa das nove.
Com os remakes em alta, a história de Dinah, Otávio (Antonio Fagundes) e Alexandre (Guilherme Fontes) vem sendo debatida na imprensa há tempos.
Dois autores da emissora vieram a público desmentir qualquer relação com a provável regravação. Renata Jhin, filha da autora Elizabeth Jhin, conhecida por escrever tramas com temática espírita como a de A Viagem, foi um das que se manifestou.
Walcyr Carrasco chegou a gravar um vídeo para pôr fim à notícia falsa, revelando a procura de atores por papéis. A própria Globo declarou, ano passado, que não existem planos relativos ao novo remake do sucesso de Ivani Ribeiro.
