No último dia 21, o Brasil perdeu o talento de Pedro Paulo Rangel. O ator, de 74 anos, morreu por causa de problemas pulmonares decorrentes do uso excessivo do cigarro.

Maitê Proença
Reprodução / Instagram

Muitos artistas e amigos fizeram homenagens ao artista, que fez sucesso em várias novelas e programas humorísticos. Entre tantas despedidas, uma delas ficou marcada pela tristeza de uma colega por não ter aproveitado melhor o último encontro que teve com Pepê, como ele era conhecido.

Amizade de anos

Pedro Paulo Rangel - Amor Eterno Amor
Divulgação / TV Globo

Maitê Proença começou sua carreira no final dos anos 1970. A primeira novela da atriz foi Dinheiro Vivo, exibida pela Tupi.

Pedro Paulo fazia parte do elenco. Os dois criaram uma amizade. Com o fim da emissora, eles foram para a Globo e seguiram com a parceria. Na postagem de despedida, ela contou que os dois dividiram uma casa.

“Pepê, amigo querido. Moramos juntos lá no começo de tudo, há 40 anos. Foram tantas as intimidades trocadas”, escreveu.

“Se soubesse que estava indo…”

Maitê Proença e Pedro Paulo Rangel
Reprodução / Instagram

Na mesma publicação, Maitê contou que teve um breve encontro com Pedro Paulo Rangel e que deveria ter ficado mais tempo com ele.

“Encontrei você andando de carrinho motorizado há poucas semanas, conversamos alegremente. Se soubesse que estava indo… Teria parado tudo. Não o fiz, foi rápido demais. Agora me sinto mal, e triste, muito triste. Prometo, a partir de hoje, dar mais tempo ao que realmente importa na correria estúpida desta vida. Te amo para sempre”, desabafou.

Cabe lembrar que os dois também trabalharam juntos na minissérie O Sorriso do Lagarto, produzida pela Globo em 1991. A última empreitada do ator na emissora foi em 2013, na série O Dentista Mascarado.

O arrependimento por não ter ligado

Dan Stulbach
Reprodução / Instagram

Outra grande perda que tivemos em 2022 foi a de Jô Soares, que partiu no dia 5 de agosto. O apresentador cultivou grandes amigos ao longo dos anos, incluindo o ator Dan Stulbach.

No velório, Dan contou que estava arrependido por não ter ligado mais para Jô.

“Me arrependo das vezes que não liguei. E me arrependo, hoje passei o dia inteiro me arrependendo das vezes que eu não liguei, que eu não procurei, das vezes que eu não encontrei. Tudo passa. Quanta gente maravilhosa a gente perdeu nesse tempo. Saudades do Jô”, lamentou.

Para Stulbach, ficaram os momentos divertidos ao telefone:

“As lembranças que eu tenho mais fortes dele são as ligações no meio do nada. Começava a falar de futebol, começava a falar do que viu na novela, do que viu em uma cena, do que viu em uma história e quer compartilhar. Ele tinha esse interesse, essa vontade de compartilhar coisas o tempo todo”.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor