Musa da Globo na década de 1990, Paula Burlamaqui (na foto com Helena Ranaldi) relatou sofrer com o passar do tempo. Aos 56 anos, a atriz lamentou os problemas relacionados à idade, como a mudança de aparência.
Paula sempre foi associada à beleza. Em 1987, ela se tornou conhecida em todo o país através do quadro Garotas do Fantástico, promovido pela revista eletrônica dos domingos, que exaltava justamente a aparência e o físico.
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“Envelhecer é o castigo do ser humano”
Em entrevista ao portal Notícias da TV, em 13 de dezembro de 2016, Paula Burlamaqui desabafou sobre a relação com a idade e o espelho.
“Eu acho que envelhecer é o castigo do ser humano. Esse negócio de ficar mais madura, mais calma, mais tranquila realmente é verdade, mas eu ficaria insegura, maluquinha e jovem”, afirmou.
Na mesma ocasião, Paula confidenciou a adoção de procedimentos estéticos para a diminuição das marcas do envelhecimento.
“Eu não quero ficar que nem essas mulheres todas plastificadas, que ficam até mais velhas do que são, eu acho horrível. Mas procedimentos leves que te deixam mais bonita, [sou a favor de] todos”, ressaltou.
Vaidade louca
O envelhecimento é tema recorrente em declarações de Paula Burlamaqui à imprensa. Em entrevistas posteriores, ela relatou outras questões ligadas ao avançar do tempo.
“Passo por crises (com a idade) até hoje. Eu brinco, mas eu tenho depressões. Vejo rugas no meu pescoço que me dão angustias. Os pés de galinha me fazem ligar para a dermatologista dia sim e dia, sim, também. Pergunto ‘o que a gente vai fazer?’ e ela me diz ‘a gente faz tudo que você quiser, mas só vai piorar, você tem que procurar uma psicóloga e trabalhar isso’”, confidenciou à revista Quem, em 29 de agosto de 2019.
“A falta de colágeno é uma coisa horrorosa”, acrescentou.
A atriz, aliás, procurou ajuda profissional para lidar com o que chamou de “vaidade louca”.
“É a grande questão da minha vida porque estou passando por isso agora. E tenho que me salvar dessa vaidade louca ou vou me ferrar. […] Claro que tem outra compensação, que é a maturidade, você se aceitar do jeito que você é, se gostar do jeito que você é… É óbvio que existem coisas boas, mas fisicamente (envelhecer) é uma merda”, disparou.
Mudança de postura
Também em 2019, ao portal UOL, Paula Burlamaqui lamentou o fato da beleza, de certa forma, ter atrapalhado a sua carreira. Afinal, ela sempre foi chamada para papéis que privilegiavam a sua figura e não o seu talento.
“Lembro-me quando ele [Caetano Veloso] disse: ‘Paula, você terá de furar um olho, ficar gorda, feia, para não ser um símbolo sexual. Você é uma mulher bonita, desejada, a sua imagem é essa. Você terá de trabalhar os seus personagens em cima disso’. Entendi o que ele me disse e fui à luta. Fiquei um tempo sem fazer televisão, comecei a rejeitar papéis que não tinham mais o que dizer e decidi me aprofundar na carreira. Percebi que o ator tem que estar em constante processo de crescimento”, declarou.
Tempos depois do alerta de Caetano Veloso, a atriz recebeu o convite de Gloria Perez para atuar em América (2005), novela que ela considera como um divisor de águas. Islene, embora festejada pela beleza, trazia questões ligadas à filha, Flor (Bruna Marquezine), com deficiência visual.
“Nunca tive oportunidade de mostrar trabalho na tevê. Sempre estive na beirada. É a primeira vez que atuo com prazer. Gloria Perez me garantiu que ela tinha conteúdo”, ressaltou em entrevista à revista IstoÉ Gente, em 26 de junho de 2005.
