Na primeira versão de Pantanal (1990), Ângela Leal deu vida a Maria Bruaca, mulher que sofre nas mãos do vilão Tenório (Antônio Petrin). Antes disso, a atriz foi estrela de diversas novelas da Globo nos anos 1970 e 1980, como O Astro (1977) e Água Viva (1980).
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A mãe da também atriz Leandra Leal construiu uma bela carreira ao longo dos anos. Aos 75 anos, porém, Ângela anunciou sua aposentadoria.
Presença em grandes sucessos
Além de Pantanal, a atriz esteve em Selva de Pedra (1972) , O Semideus (1973), Gabriela (1975), Escrava Isaura (1976), Dona Xepa (1977), Quem Ama Não Mata (1982), Roque Santeiro (1985), Xica da Silva (1996), Mandacaru (1997), Amor e Intrigas, (2007), Bela, a Feia (2009) e Dona Xepa (2013), sendo essa sua última novela.
No momento, Ângela está na minissérie A Vida Pela Frente, exibida pelo Globoplay. A produção foi criada por sua filha e conta um suspense com adolescentes no final da década de 1990.
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“Não tenho mais interesse em atuar”
Ângela Leal em cena de Dona Xepa (Divulgação / Record)Segundo ela, A Vida Pela Frente será o seu último trabalho.
“Eu realmente parei, não tenho mais interesse em atuar. No entanto, Leandra insistiu e disse que seria um papel pequeno, então acabei aceitando. E valeu a pena, estou profundamente emocionada com o resultado do trabalho. Se já me orgulhava dela, agora meu orgulho é ainda maior. Acredito que meu melhor trabalho é Leandra Leal. Foi uma surpresa maravilhosa vê-la como diretora. Aliás, ela sempre me surpreende com sua determinação, sua coragem e seus posicionamentos. Sou a maior fã da minha filha”, declarou ao jornal O Globo em 11 de junho de 2023.
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Paixão pelos palcos
Hoje, Ângela Leal se dedica a administrar o Teatro Rival, que é de propriedade da família desde os anos 1970.
“Teatro é outra grande realização da minha vida. Tenho minha obra-prima mais recente (Leandra), e o teatro é o meu velhinho. No próximo ano, completaremos 90 anos de funcionamento. É um trabalho árduo, que me enche de orgulho”, contou.
O amor pelo teatro é tanto que a atriz sofreu um infarto ao ver que ela perderia o patrocínio da Petrobrás no final de 2019, até então o principal apoio da casa.
“Acabei passando o dia 31 na UTI, acho que foi acúmulo. Eu já tinha tido um câncer, estava muito fragilizada e, quando veio o fim do patrocínio, vi que não ia dar mais”, relatou ao O Globo em fevereiro de 2020.
Mas Ângela conseguiu o patrocínio de uma refinaria que passou a investir no teatro:
“Começaram os telefonemas em solidariedade e um deles foi de uma pessoa que se dizia da Refinaria de Manguinhos, perguntando se a gente estava precisando de patrocínio. O mundo dá respostas”.
Hoje a atriz curte o sossego e que companhia da neta Júlia, de 8 anos. As duas criaram uma grande amizade.
“Minha neta é minha melhor amiga. Estamos profundamente envolvidas na vida uma da outra. Apesar de sua pouca idade, temos uma conexão tão forte que parece ser coisa de outras vidas”.