Atriz protestou após perder papel para colega da Globo: “Decepcionada”

Reprodução / Globo

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Uma das minisséries de maior sucesso da Globo, Engraçadinha – Seus Amores e Seus Pecados (1995) marcou não só a memória afetiva do público como também as carreiras de Alessandra Negrini e Claudia Raia, protagonistas da primeira e da segunda fase da produção, respectivamente.

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Negrini, porém, foi escalada às pressas para substituir uma colega, que teve de deixar o projeto por determinação da Justiça.

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Barrada no tribunal

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A ideia inicial era que Engraçadinha fosse vivida, na fase jovem, pela atriz Georgiana Góes, então destaque da série Confissões de Adolescente (1994, Cultura). Ela acabou impedida de ingressar no projeto durante a pré-produção.

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De acordo com o jornal O Globo, de 27 de dezembro de 1994, a artista foi barrada pelo Juizado de Menores do Rio de Janeiro. Na época, Georgiana estava com 17 anos.

O processo na Justiça durou cerca de três semanas. Segundo a atriz, o órgão não liberou a participação devido às cenas de incesto e homossexualidade – dois dos principais temas abordados na obra de Nelson Rodrigues que inspirou a minissérie.

Engraçadinha, cabe lembrar, se envolve com Sílvio (Ângelo Antônio) sem saber que ele é seu irmão. Ela também desperta a paixão de Letícia (Maria Luísa Mendonça), sua prima.

Decepção

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Georgiana Góes era considerada a atriz ideal para a personagem-título por ser muito parecida com Claudia Raia, que respondeu por Engraçadinha na segunda fase da história, ambientada em Vitória, capital do Espírito Santo, na década de 1960. Inclusive, foi a própria Raia quem a indicou para o papel.

Alessandra Negrini, que substituiu Georgiana, era sete anos mais velha do que ela.

“Nesse caso o Juizado, ao invés de ajudar, atrapalhou a carreira de uma menor”, protestou Georgiana em entrevista ao jornal O Globo, em 1° de janeiro de 1995.

“Fiz até aplique no cabelo para ficar mais parecida com a Claudia. Mas o Juizado de Menores não me deixou gravar por causa da idade. Acharam o texto uma podridão. Fiquei muito decepcionada”, recordou em outro matéria para o mesmo veículo, em 2 de abril de 1995.

Nova chance

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Entretanto, o episódio não prejudicou totalmente a carreira de Georgiana Góes. Meses depois, ela ganhou uma nova chance na Globo, quando foi escalada para viver Yara, filha do feirante Juca (Tony Ramos) e irmã de Tonico (Selton Mello) em A Próxima Vítima (1995).

Na trama de Silvio de Abreu, ela se destacou como a jovem ingênua, que despertava olhares por onde passava e que caiu de amores por Lucas (Pedro Vasconcelos), um dependente químico em processo de reabilitação.

Quando foi convidada para a trama das oito, a atriz estava passando férias em Santa Catarina. Ela teve que voltar às pressas para o Rio de Janeiro. De acordo com Georgiana, foi a própria Globo que a buscou na cidade e a levou para a capital fluminense.

A atriz então celebrou a oportunidade de trabalhar ao lado de feras como Lima Duarte (Zé Bolacha), Nicette Bruno (Nina) e Flávio Migliaccio (Vitinho).

“Cada palavra e olhar deles é uma aula para mim”, afirmou ao jornal O Dia, em 2 de abril de 1995.

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