Uma atriz que teve diversas participações em produções da Globo infelizmente nos deixou após aguardar uma vaga num hospital por três dias.
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Christina Rodrigues começou bem cedo na carreira artística. Ela começou a escrever aos 13 anos de idade, chegando até a concorrer e vencer concursos de poesia e prosa. E mais: foi autora de teatro, quando escreveu a peça Brinquedos, Jogos e Armadilhas, que tratava da condição do menor abandonado.
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Na televisão, ela mostrou seu talento como atriz, atuando em diversas produções da Globo, como Éramos Seis, Salve-se Quem Puder, Tempos Modernos, O Outro Lado do Paraíso, Segundo Sol, Rock Story, Babilônia, Além do Horizonte e no programa Zorra, entre outras.
Christina se formou em fonoaudiologia e realizou diversos trabalhos com artistas e também com crianças nas escolas e nos cursos de teatro para desenvolver e melhorar a pronúncia e a fala. Além disso, ela atuava como produtora de eventos, peças teatrais e ministrava curso de artes cênicas.
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Luta por uma vaga no hospital
Em dezembro de 2020, Christina contraiu Covid-19 e virou notícia quando estava aguardando uma vaga no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da UPA da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ).
Rafael Santos, amigo da atriz, revelou, na época, que ela era diabética e que precisava ser internada com urgência, pois corria risco de morte.
“Se não obtiver uma vaga de CTI logo, vai morrer, pois tem indicação médica para FTI desde a madrugada de segunda para terça. Até ontem à tarde, estava em um banquinho na sala de espera”, declarou ele ao G1.
Enquanto aguardava um leito, a atriz mandou uma mensagem via WhatsApp, dizendo que mal conseguia respirar.
“Ainda não saiu resultado para Covid, mas não consigo respirar sem oxigênio. O que consegui foi uma vaga na enfermaria”.
A morte na fila do CTI
Por fim, a vaga no CTI não surgiu, e Christina morreu no dia 17 de dezembro de 2020, aos 47 anos.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio enviou nota à imprensa sobre a morte da atriz:
“Foram realizados exames clínicos e teste swab, para Covid-19, entretanto, o resultado do RT-PCR ainda não foi disponibilizado pela Fiocruz. A paciente recebeu suporte clínico e ficou em isolamento na unidade, sendo sua transferência pedida à Central Estadual de Regulação (CER) no início da manhã da terça-feira, 15/12.
A CER informa que nesta quarta-feira, 16/12, ficou constatada a necessidade de um leito de UTI e iniciou busca ativa pelo leito que atendesse às necessidades clínicas da paciente. A unidade prestou atendimento aos familiares e se colocou à disposição para mais esclarecimentos”.
Em entrevista à Jovem Pan, a neta da atriz, Isabela Simões, falou sobre a revolta causada pela situação:
“É revoltante. É uma raiva que não cabe em mim. Mas a minha avó sempre me ensinou sobre o amor. A memória dela é muito mais importante nesse momento. O luto. O amor. O carinho. Preciso me concentrar nisso pra diminuir o buraco que está no meu peito”, contou.