Atriz de Amor Perfeito foi proibida de entrar em cena: “Assisti chorando”

08/09/2023 às 11h43

Por: André Santana
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arol Castro, Vitória Pabst e Allan Souza Lima, atores de Amor Perfeito, da TV Globo (divulgação/Globo)

Em 2000, uma grande polêmica se abateu nos bastidores de Laços de Família, grande sucesso de Manoel Carlos no horário nobre da Globo. O então juiz Siro Darlan, que na época respondia pela 1ª Vara de Infância e Juventude do Rio de Janeiro, proibiu menores de idade de participarem da produção.

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Amor Perfeito - Allan Souza Lima, Carol Castro e Vitória Pabst

Carol Castro (Darlene), Vitória Pabst (Clara) e Allan Souza Lima (João) em Amor Perfeito (Manoella Mello / Globo)

Pois o mesmo magistrado também impediu que Carol Castro, intérprete de Darlene em Amor Perfeito, fizesse sua estreia no teatro. Ela foi proibida de subir ao palco no dia em que viveria uma índia numa peça sobre os 500 anos do Brasil.

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Começou cedo

Allan Souza Lima - Amor Perfeito

Allan Souza Lima em Amor Perfeito (Divulgação / Globo)

Carol Castro vive Darlene na atual novela das seis, mulher que se envolveu com Frei João (Allan Souza Lima, foto acima) no passado. Juntos, eles tiveram uma filha, Clarinha (Vitória Pabst). Ao retornar para Águas de São Jacinto, ela mexe com a cabeça do religioso, que decide largar a batina para viverem juntos em família.

Amor Perfeito marcou a volta de Carol Castro aos folhetins 20 anos após sua estreia no gênero, como a Gracinha de Mulheres Apaixonadas (2003), atualmente em exibição no Vale a Pena Ver de Novo. No entanto, a veia artística da estrela apareceu logo cedo, aos nove anos, quando participou de uma peça da companhia de teatro de seu pai, o ator Luca de Castro.

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No entanto, a carreira de atriz mirim foi interrompida quando Carol se mudou de cidade com sua mãe. Ela retornou ao Rio de Janeiro em 1998 e, em 2000, conseguiu voltar ao teatro. Mas Carol Castro acabou impedida de entrar em cena.

Impedimento

Carla Diaz - Laços de Família

Carla Diaz em Laços de Família (Reprodução / Globo)

No dia da estreia da peça em que viveria uma índia, Carol Castro não pôde subir ao palco por uma determinação do juiz Siro Darlan, que proibiu a presença de menores no espetáculo. Na época, a atriz tinha 16 anos.

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“Fui tirada do palco minutos antes da estreia. Assisti à peça chorando”, contou Carol à IstoÉ Gente de 26 de junho de 2003.

Na mesma época, Darlan também havia proibido menores de idade no elenco de Laços de Família. Depois que saiu a notícia de que a atriz mirim Larissa Honorato, intérprete da pequena Nina, precisou ser substituída por Julia Magessi ao ficar traumatizada por conta de uma cena de discussão, Siro Darlan determinou que todas as crianças e adolescentes deixassem Laços de Família.

Com isso, saíram de cena Julia Magessi; Carla Diaz (foto acima), a Rachel; os gêmeos Natan e Andrey Linhares, que viviam Bruninho, bebê de Capitu (Giovanna Antonelli); e Samuel Filho, o Tide; além de Julia Almeida, filha do autor Manoel Carlos que vivia Estela na produção. A última logo voltou à cena, ao completar 18 anos, mas os demais permaneceram ausentes por três semanas.

Siro Darlan

Siro Darlan

Siro Darlan (Reprodução / GloboNews)

Siro Darlan ficou mais de uma década à frente da 1ª Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, onde ficou conhecido por diversas decisões polêmicas. Além do caso envolvendo Laços de Família, Darlan também proibiu a presença de menores no show da banda Planet Hemp, em 2001.

No mesmo ano, Darlan determinou que modelos menores comprovassem frequência escolar antes de desfilarem na Semana Barra Shopping de Estilo.

Em março deste ano, de acordo com o portal G1, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pela aposentadoria compulsória de Siro Darlan, que se tornou desembargador do Tribunal de Justiça do Rio em 2004.

A decisão foi tomada após a análise de três suspeitas de irregularidades. Uma delas foi a decisão do desembargador de colocar em prisão domiciliar o vereador de Caxias e PM reformado Jonas Gonçalves da Silva, o “Jonas É Nós”, que é acusado de chefiar uma milícia em Caxias. Jonas foi preso na operação Capa Preta do MPRJ.

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