O público está revendo Força de um Desejo, novela de Alcides Nogueira e Gilberto Braga, no Canal Viva. A trama de 1999 conta com um grande elenco: Malu Mader, Fábio Assunção, Reginaldo Faria, Selton Mello e Cláudia Abreu, entre outros.
Rosita Thomaz Lopes (na foto acima, ao lado de Julia Feldens) também fez parte deste sucesso, dando vida a Fabíola, uma senhora solteira, dedicada aos irmãos e aos sobrinhos. Esse não foi o único folhetim de Gilberto no qual a atriz atuou…
Uma cidadã do mundo
Rosa de Carvalho e Silva, nome verdadeiro de Rosita, bem antes de ser atriz, viajou o mundo – seu pai era o diplomata Lafayette de Carvalho e Silva.
“Passei a infância em Portugal e depois morei em países como Noruega, Holanda, Inglaterra, Bélgica, Bolívia e Paraguai”, contou ela ao jornal Folha de S. Paulo, em 22 de janeiro de 1995.
A carreira artística começou em 1956, através do filme Com Água na Boca. Sua estreia na TV foi em 1963, na novela A Morta Sem Espelho, escrita por Nelson Rodrigues para a TV Rio.
Posteriormente, Rosita Thomaz Lopes marcou presença em diversos títulos da Globo.
Grandes clássicos no currículo
Uma Rosa com Amor (1972), Os Ossos do Barão (1973), Escalada (1975), Anjo Mau (1976) e Te Contei? (1978) foram algumas das produções das quais Rosita trabalhou.
Um dos destaques de sua trajetória foi Marron-Glacé (1979), de Cassiano Gabus Mendes. Ela vivia Leila, mulher de Cícero (Roberto Faissal), que tentava impedir o romance de seu filho Fábio Carlos (Jorge Botelho) com Vanessa (Sura Berditchevsky).
Nos anos seguintes, a atriz alternou trabalhos na Globo e na Manchete: Brilhante (1981), Louco Amor (1983), Helena (1987) e Carmem (1987) entre eles.
A madrinha dos figurantes
Em Pátria Minha (1994), também de Gilberto Braga, Rosita Thomaz Lopes interpretou Úrsula Ramos, mulher bondosa e preocupada com os outros, bem diferente de seu irmão Raul Pelegrini (Tarcísio Meira). A simpatia da personagem era também de Rosita, que se tornou madrinha dos figurantes da produção.
“É, os figurantes têm uma vida de cão, ninguém dá muita bola pra eles. Como são muitos, em geral são tratados como massa”, lamentou a artista em matéria da Folha de São Paulo, de 4 de dezembro de 1994.
Os últimos trabalhos foram Xica da Silva (1996), na Manchete, e Força de um Desejo.
A despedida
Em 2005, Rosita Thomaz Lopes sofreu uma queda e fraturou o fêmur, afastando-se dos estúdios de TV. Ela faleceu em 9 de março de 2013, aos 92 anos, devido à falência múltipla dos órgãos.
Ao G1, Antônio, filho de Rosita, declarou que ela não possuía qualquer problema de saúde grave. A perda de mobilidade, porém, acabou por afetá-la.
“Há três meses, ela ficou confinada à cama. A partir de então se debilitou, apesar de sempre consciente”, explicou.
O jornal O Globo definiu Rosita desta forma: “No teatro ou na TV, uma dama”.
