Atriz de Travessia reclamou de personagem em novela: “Muito chato”

Travessia - Alessandra Negrini e Vanessa Giácomo

Paulo Belote / Globo

Longe do horário nobre desde Paraíso Tropical (2007), Alessandra Negrini hoje brilha no papel de Guida em Travessia, mulher que está longe de ser uma vilã. Mas, anteriormente, a atriz já havia declarado uma certa preferência pela vilania, tendo feito personagens que ficaram marcadas no imaginário do público.

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Paulo Belote / Globo

Aos 52 anos, a artista já declarou não se importar por ficar conhecida pelos mesmos papéis, afinal, dar vida às mocinhas é algo muito chato. Porém, o tempo passou e, ao que tudo indica, ela não pensa mais dessa forma…

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Preferências

Reprodução / Globo

Alessandra, que sempre foi mais lembrada por suas personagens más, declarou ter preferência por interpretar esse tipo de papel durante o lançamento da novela Orgulho e Paixão (2018, foto acima), na qual viveu a vilã Susana. Segundo ela, essas mulheres são mais interessantes.

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“Em novelas, você tem essa coisa mais polarizada, da mocinha boazinha contra a vilã malvada. Aí, eu prefiro fazer a malvada mesmo, acho os vilões mais interessantes, tem um componente de subversão que me atrai muito”, confessou em coletiva de imprensa na época.

Na sequência, Negrini ressaltou que, mesmo com essa predileção, ela também já foi atraída pelas heroínas em duas minisséries da Globo.

“Em Engraçadinha (1995), eu era a protagonista jovem, a Isabel de A Muralha (2000) também era do bem. Eram mocinhas, mas tinham personalidade forte, aí eu gosto de fazer. Os diretores acham que eu tenho personalidade forte e me convidam para papéis assim. E eu sinto que, geralmente, as mocinhas não têm isso”, definiu.

Currículo de maldades

Desde que estreou na televisão através da série Retrato de Mulher (1993), na Globo, Alessandra Negrini já coleciona em seu currículo mais de meia dúzia de personagens do mal. A primeira vez com esse tipo de papel foi dando vida à inesquecível Paula, principal rival de Nice (Gloria Pires) no remake de Anjo Mau (1997, foto acima).

Em sequência, ela também interpretou as megeras nas novelas Desejos de Mulher (2002), Lado a Lado (2012) e Boogie Oogie (2014), sempre com um tipo parecido.

Mas talvez tenha sido em Paraíso Tropical (2007) que a atriz viveu o maior desafio de sua carreira. Ao assumir o protagonismo da trama no lugar de Cláudia Abreu, ela pôde explorar os seus dois lados ao dar vida a gêmea boa Paula e a gêmea má Taís.

Mudou de opinião?

Divulgação / Globo

Em contrapartida, a atriz parece ter mudado de opinião recentemente. Alessandra Negrini deixou claro que está cansada de interpretar apenas personagens com o mesmo perfil de vilania. Durante o evento de lançamento da atual novela das nove, que aconteceu em outubro do ano passado, a atriz comemorou que a sua personagem seria uma mocinha.

“Achei Guida muito divertida. Ela foge um pouco das personagens que a Globo estava acostumada a me dar. Sempre aquelas vilãs… Eu já estava cansada, não é segredo para ninguém. É uma personagem da vida real. Não é boa, nem má. É uma pessoa normal”, comentou Alessandra.

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