Uma das figuras históricas da Globo saiu da emissora em baixa. O fim da parceria da rede com Regina Duarte rendeu até mesmo anúncio no Jornal Nacional, de William Bonner e Renata Vasconcellos.
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A Globo buscou se desvincular de Regina, que trocou a carreira na TV – e o contrato fixo – para se aventurar na política, ao lado do ex-presidente, hoje inelegível, Jair Bolsonaro.
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Histórico
Regina Duarte foi contratada a peso de ouro pela Globo no fim da década de 1960, quando o canal buscava reformular o seu departamento de Dramaturgia.
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Em seu livro, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, revelou que fez até o impossível para contratar a artista que, na época, brilhava na Excelsior.
Foram anos de trabalho em conjunto, com títulos como Véu de Noiva (1969), Selva de Pedra (1972), Malu Mulher (1979), Roque Santeiro (1985), Vale Tudo (1988), Rainha da Sucata (1990), História de Amor (1997), Por Amor (1997), entre outros.
Regina Duarte fora da Globo
Em 2020, boatos indicavam um “namoro” entre Regina e o governo Bolsonaro. A veterana apoiava o então presidente abertamente. A união foi concretizada com o convite para que ela assumisse a Secretaria Especial de Cultura.
Na ocasião, William Bonner leu a nota oficial da Globo sobre o compromisso com a atriz e o fim do mesmo caso ela aceitasse o convite. A emissora não permite que seus funcionários ocupem cargos públicos.
“A atriz Regina Duarte tem contrato vigente com a Globo e sabe que, se optar por assumir cargo público, deve pedir a suspensão de seu vínculo com a empresa como impõe a nossa política interna, de conhecimento de todos os nossos colaboradores”, esclareceu o comunicado em 20 de janeiro daquele ano.
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Fracasso na política
Com a decisão da artista de se aliar ao governo Bolsonaro, a rede de TV voltou a informar, via Jornal Nacional, sobre o distrato:
“Globo e Regina Duarte estão negociando o fim da relação contratual em função da decisão da atriz de aceitar o convite para ocupar a Secretaria Especial da Cultura”.
É bom lembrar que a mesma não possuía experiência em cargos públicos ou qualquer projeto, antes de aceitar o posto, para ajudar a classe artística, completamente desamparada em meio ao período mais crítico da pandemia de Covid-19.
A situação, que nunca foi confortável, ficou ainda pior com a entrevista dela ao vivo para a CNN Brasil. Diante do jornalista Daniel Adjuto, a atriz proferiu declarações absurdas, defendeu a Ditadura Militar e minimizou as mortes por Covid-19.
A participação de Regina Duarte na Secretaria Especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro durou poucas semanas. Mesmo escanteada, ela passou os últimos anos dedicada à defesa do ex-presidente nas redes sociais.
Regina acumulou polêmicas, com declarações contra a vacina de Covid-19 e disseminação de fake news contra os concorrentes de Bolsonaro.
Na Globo, Duarte parece ser “persona non grata”. O canal evita usar a imagem dela em divulgações sobre novelas resgatadas no Globoplay ou em homenagens a outros nomes da casa.