Grande atriz da história da teledramaturgia brasileira, Arlete Salles pode ser vista atualmente em Além da Ilusão, onde brilha na pele da personagem Santa Figueiredo. Na vida pessoal, no entanto, a artista, que tem 80 anos, já declarou que foi infeliz em seus relacionamentos.
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Em seus casamentos mais conhecidos do público, ela esteve entre 1958 e 1970 com o ator Lúcio Mauro, com quem teve dois filhos, Alexandre Barbalho e Gilberto Salles; posteriormente, com o ator e cantor Tony Tornado.
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“Não fui muito feliz nos meus casamentos. Vou terminar minha vida, provavelmente, sozinha”, declarou Arlete em entrevista ao especial Damas da TV, exibido pelo canal Viva em 2013.
“Ficar sozinha não é legal”
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Contudo, evidentemente não era esse o objetivo da atriz em 1989, quando fazia sucesso em Tieta e falou sobre seus relacionamentos ao jornal O Dia – na época, ela estava casada com o maestro Ivan Paulo há cinco anos.
“Ficar sozinha não é legal. Veja bem, não é essa coisa louca de não saber ficar só ou, se ficar, não saber o que fazer da vida. Não ao contrário, eu até curto ficar sozinha, afinal a gente também tem atividades intelectuais, como ler um livro, ir a um cinema, um teatro, sem ter que ficar dando satisfações. Casamento tem essas chatices, mas sou absolutamente a favor do companheirismo”, declarou.
Anos depois, quando participava de Pedra Sobre Pedra, ela falou sobre a relação em entrevista ao Jornal do Brasil:
“[O relacionamento] vai bem. Continuo casada com o maestro Ivan Paulo. Agora estamos vivendo em casas separadas. Achamos que pode ser mais interessante para nós dois”, explicou.
Emprego na Globo
No mesmo especial, a atriz contou como conseguiu emprego na Globo, em 1967, após deixar a Tupi. Ela estreou na emissora na novela Sangue e Areia.
“Peguei minha bolsa e fui rapidinho pedir ajuda ao Boni, falei que eu e o Lúcio estávamos desempregados”, relembrou.
No final das contas, ela acabou ficando marcada pelos papéis cômicos que interpretou nas novelas e seriados, como em Cabocla, Tieta, Lua Cheia de Amor, Pedra sobre Pedra, Fina Estampa e, mais recentemente, Toma Lá, Dá Cá, onde viveu a impagável Copélia.
“Sempre, sem querer, dou uma puxadinha para a comédia. Mesmo as vilãs, que têm traços fortes de crueldade, podem se tornar engraçadas em algum momento”, concluiu.