Ator encarna personagem inédito em Mar do Sertão: “Diferente de tudo que fiz”

mar do sertao caio blat

Com seus cachinhos e sua cara de bom moço, Caio Blat foi a escolha óbvia para encarnar o anjo Rafael em Um Anjo Caiu do Céu (2001). O protagonista da trama de Antonio Calmon foi apenas um entre tantos tipos bonzinhos e simpáticos que Caio viveu nas várias novelas em que atuou. Mas o ator está mudando essa imagem em Mar do Sertão, atual novela das seis da Globo, na qual ele vive o jagunço Pajeú.

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Na trama escrita por Mário Teixeira, Pajeú é o jagunço de Vespertino (Thardelly Lima), que é nada menos que o agiota de Canta Pedra, cidadezinha do interior do Nordeste onde se passa a história.

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Trata-se de um tipo cheio de camadas. Afinal, é um homem sério, duro, que ameaça todos aqueles que devem ao seu patrão com violência. Por outro lado, Pajeú demonstra ser um homem religioso, que reza e acredita no Padre Cícero. Além disso, ele é pai de um garoto, de quem cuida com todo o zelo e amor possível.

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Em entrevista ao Gshow antes da estreia da novela, Caio Blat comemorou o novo trabalho.

“É um personagem bem diferente de tudo o que já fiz na ficção. (…) A gente fez essa opção de manter o bigode, que é uma cara que eu nunca tive, em mais de 30 anos de carreira”, afirmou, sobre o visual que adotou para viver o jagunço.

O ator também rasgou elogios ao figurino do personagem.

“Esse clima de caubói também é novidade pra mim. O figurino é cheio de detalhes, cinto dele com fivela, com cartucheiras, pra dar a sensação de estar armado. Ao mesmo tempo cheio de medalhinhas do Padre Cícero e fitinhas de promessa. Ele carrega a arma e na mesma mão ele tem um crucifixo pendurado. Ele carrega sempre um rosário enrolado na mão com que ele pega a arma. É um personagem bem conflituado”, observou.

Personagens sensíveis

Segurança pessoal de um bandido, Pajeú é um ponto fora da curva na carreira de Caio Blat, que viveu vários mocinhos ao longo de sua trajetória. Isso vem desde sua primeira novela, Éramos Seis (1994). No clássico do SBT, ele foi o jovem Carlos, primogênito de Lola (Irene Ravache), um rapaz certinho em todos os quesitos.

Em sua primeira novela na Globo, não foi diferente: em Andando nas Nuvens (1999), o ator vivia Tiago San Marino, um jovem sonhador e apaixonado, que embarcava num gracioso romance com a noviça Celi (Mariana Ximenes).

Além de mocinhos, Caio Blat também viveu jovens sensíveis, como Abelardo, de Da Cor do Pecado (2004), ou o dramático André, de Liberdade, Liberdade (2016). Na trama, também escrita por Mário Teixeira, o jovem se entrega ao amor do militar Tolentino (Ricardo Pereira), mas acaba sendo condenado à morte por conta de sua homossexualidade. Com Ricardo Pereira, Caio Blat protagonizou a primeira cena de sexo entre dois homens exibida numa novela brasileira.

Apesar de ter vivido poucos vilões em novelas, eles existiram. O maior deles foi José Pedro, de Império (2014), que armou um grande plano para acabar com o próprio pai, o Comendador José Alfredo (Alexandre Nero).

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