Uma das novelas infanto-juvenis de grande sucesso do SBT foi Carinha de Anjo (2016), adaptada por Leonor Corrêa do original argentino Papá Corazón. Um dos atores da trama era Luiz Carlos Araújo, que deu vida ao Valter. Ele morreu aos 42 anos de forma trágica.
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O ator fez fama no teatro, participando de vários musicais, como Lisbela e o Prisioneiro, O Primo Basílio e Garota Glamour.
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Na televisão, ele ganhou destaque ao participar do folhetim infantil do canal de Silvio Santos.
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O sumiço
Em setembro de 2021, amigos e colegas de cena do ator ligaram para ele, mas não obtiveram respostas. Marilice Cosenza, que já havia atuado com ele, ligou para outras pessoas dizendo que o artista estava sumido.
O porteiro do prédio foi até o apartamento verificar o que tinha ocorrido.
“Ninguém atendeu a porta. O porteiro foi, tocou [a campainha] e sentiu um cheiro muito forte vindo do apartamento. Chamaram a polícia e um chaveiro. Abriram o apartamento e encontraram o Luiz na cama, já falecido. Parece que ele estava ali há uns três, quatro dias”, contou a atriz ao UOL em 12 de setembro de 2021.
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“Não quero acreditar”
Camilla Camargo, que era amiga do ator e trabalhou com ele em Carinha de Anjo, lamentou a perda.
“Não consigo acreditar, não dá, não quero acreditar. Te conheci com meus 9 anos e de la para cá foram palcos divididos, histórias, abraços, carinho, que estão eternizados”, escreveu nas redes sociais.
A polícia foi chamada e começou uma investigação sobre a morte do ator. Marilice e o namorado de Luiz Carlos deram depoimentos para a polícia, relatando como foram os últimos dias de vida dele.
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Qual foi a causa da morte de Luiz Carlos Araújo?
O laudo final, que saiu no dia 22 de setembro do mesmo ano, apontou que a morte de Luiz Carlos foi acidental, decorrente de uma possível crise de ansiedade.
“Consta da ocorrência que a vítima foi encontrada com um saco preto na cabeça, prática essa conhecida em Literatura Médica como re-respiração, usada com certa frequência para aliviar a respiração rápida e descontrolada em situações de ansiedade e em muitas práticas de asfixiofilia/parafilias, com o intuito de aumentar o teor de dióxido de carbono e diminuir o teor de oxigênio, variações estas que causam vasodilatação ou vasoconstrição de vasos extra e endocranianos. Tal prática pode ter como complicação a asfixia por confinamento (troca do ar respirável por ar irrespirável)”, revelou o laudo.
Além disso, foi encontrado no sangue do ator drogas e remédios controlados.
“A associação de antidepressivos, cocaína e álcool, com consequente rebaixamento do nível de consciência, associada ao confinamento foram as causas da morte (acidental)”, finalizou o IML (Instituto Médico Legal).
A tragédia mostra o perigo das drogas e principalmente a atenção que todos nós devemos dar para alguém que enfrenta a depressão.
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