Ator da Globo revelou segredo antes de partir: “Não adianta esconder”

Sérgio Mamberti

Sérgio Mamberti foi um dos grandes nomes da arte no Brasil. Presente no teatro, no cinema e na TV, o ator marcou a infância de muita gente como Dr. Vitor, tio do menino de 300 anos Nino (Cássio Scapin), do Castelo Rá-Tim-Bum (1994, Cultura).

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Divulgação / Globo

Falecido em 2021, aos 82 anos, por falência múltipla dos órgãos, Mamberti se assumiu bissexual em sua autobiografia, intitulada Senhor do meu Tempo.

Companheiro

Reprodução / SESC

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Na obra, Sérgio falou sobre seu casamento com Ednardo Torquato. Os dois, que se conheceram em 1985 durante uma peça de teatro, passaram 37 anos juntos.

“Ed, meu companheiro querido, nos deixou muito cedo. Pela segunda vez, tive de experimentar a mesma ausência sofrida com a partida de Vivian, em 1980. Sei que nunca vou me recuperar dessas duas perdas, mas a vida exige coragem e esperança para seguir em frente”, relatou nas páginas da publicação.

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Triste perda

Matheus José Maria

Antes de conhecer Ednardo, Sérgio Mamberti foi casado com Vivian Mahr. Os dois tiveram três filhos: Eduardo, Carlos e Fabrício. Vivian faleceu em 1980, aos 37 anos, de insuficiência cardíaca – após passar por 18 internações.

“O impacto que senti com a partida dela foi muito forte. Por outro lado, senti um grande alívio. Os dois últimos anos haviam me afetado profundamente, como também foram marcantes na vida dos meninos. Afinal, não é fácil ver a mãe tão doente, definhando a cada dia. Acho que, intuitivamente, Carlinhos e Fabrício [os dois filhos mais novos] também sabiam que, em pouco tempo, ela não estaria mais conosco. ‘Meus filhos, agora o barco é só nosso, daqui pra frente, a gente vai ter que tocar a nossa vida’, eu disse em uma longa conversa com eles”, contou.

Sem segredos

Reprodução / Facebook

O romance de Sérgio e Ednardo tornou-se público após o lançamento do livro. Para os filhos – na foto com o primogênito, o também ator Duda Mamberti –, o artista nunca guardou segredos.

“Como é que eu ia esconder dos meus filhos que eu estava com um companheiro, sendo que ele morava comigo?”, indagou.

“Não adianta esconder porque a qualquer hora isso pode vir à tona. Talvez a gente tenha tido, em alguns momentos, que enfrentar determinados problemas, mas muito menores do que se eu tivesse tentado esconder”, declarou em Senhor do Meu Tempo, todo escrito em primeira pessoa.

Trajetória

Divulgação / Cultura

Ícone de uma geração por conta do Castelo Rá-Tim-Bum, Sérgio Mamberti estreou na TV nos anos 1960. Na Record, participou da primeira versão de As Pupilas do Senhor Reitor (1970). Na Tupi, marcou presença em um dos últimos folhetins da emissora, Dinheiro Vivo (1979).

A chegada à Globo se deu em 1981, através de Brilhante, assinada por Gilberto Braga. Com o mesmo autor, Sérgio desenvolveu um de seus papéis mais festejados: Eugênio, o mordomo da família Roitman, de Vale Tudo (1988, foto).

Mamberti transitou entre Globo, Manchete e Record, mas encerrou sua trajetória na emissora-líder. Em 2013, ele encarou o vilão Dionísio Albuquerque, de Flor do Caribe.

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