Rodrigo Bocardi é um dos principais apresentadores do jornalismo da Globo. Versátil e bem-humorado, ele conquistou o público do Bom Dia São Paulo e do Bom Dia Brasil, mantendo bons índices de audiência e deixando a concorrência para trás, além de ter estreado no comando do Carnaval paulistano nesse ano.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mas nem tudo foi simples na vida do jornalista, que começou a trabalhar muito cedo e já passou pela experiência de viver em outro continente.
Percorrendo a cidade
Muito antes de estar na televisão, o jornalista trabalhou como office-boy, uma espécie de “faz tudo”, em uma época na qual a internet era restrita e tudo tinha que ser feito na rua.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“As pessoas não acreditam. Ninguém estava lá para ver. Do Largo São Francisco até Cidade Dutra, toda noite eu correndo para ir ao colégio depois de passar o dia rodando de ônibus”, contou no programa Mais Você, em 2019.
Demissão da Globo
O primeiro trabalho de Bocardi na TV foi na Band, em meados dos anos 1990, mas por trás das câmeras. Ele foi contratado pela Globo em 1999 como editor de texto. Logo foi promovido para repórter, mas acabou pedindo demissão para trabalhar em Angola, na TV pública do país, e viver uma grande experiência no continente africano.
“Pessoas não entenderam a decisão de eu ir para um país destruído pela guerra. Mas estava fascinado por essa experiência em uma cultura completamente diferente. Foi muito bacana”, relatou ao projeto Memória Globo.
Rodrigo Bocardi voltou ao Brasil em 2005 e logo se tornou um dos jornalistas responsáveis pela cobertura do escândalo do Mensalão, que atingiu em cheio o primeiro mandato de Lula.
Também esteve presente na tragédia do voo TAM 3054, que vitimou 199 pessoas. Em 2009, o jornalista se tornou correspondente nos Estados Unidos e cobriu a posse de Barack Obama, a morte de Michael Jackson e os furacões Irene e Sandy.
Duras críticas
Em 2013, ele voltou para o Brasil e assumiu a apresentação do Bom Dia São Paulo, que passava por dificuldades no Ibope e sofreu alterações. O início não foi fácil; Bocardi enfrentou muitas críticas do público e da imprensa, que não se habituaram com as mudanças de imediato.
“Como eu sofri. Como me detonaram nesse começo, foi uma coisa dura. Deu até vontade de desistir. Foi um negócio difícil. E eu dando o máximo naquele negócio”, revelou ao Mais Você.
A cara do BDSP
Divulgação / GloboAs críticas ficaram para trás e Bocardi se tornou fundamental no comando do telejornal matutino, além de emplacar apresentações eventuais no Jornal Nacional e no Jornal da Globo. Ao homenagear o colega Wagner Vallim, que morreu em 20 de setembro desse ano, ele voltou a falar que pensou em desistir.
“No último encontro com ele, pediu para tirar uma foto e disse: ‘Rodrigo, você não desista, você nos representa. É a importância do Bom Dia São Paulo. Sabe o que isso significa na vida de todos?’. E eu falava: ‘Não dá, Vallim, eu penso em desistir. É difícil’. Ele dizia que o Jornalismo é coragem, me encorajando. Eu penso, muitas vezes, em desistir, e a palavra dele é insista, persista”, revelou, emocionado, o apresentador.
O jornalista de 47 anos é casado com Cláudia Bocardi e tem três filhos – Anne, Gabriel e Gustavo Bocardi. Além do Bom Dia SP e do Bom Dia Brasil, ele também marca presença na rádio CBN e, agora, estreou na cobertura do Carnaval.