Melhor do mundo em 1999, Rivaldo ficou conhecido pela expressão “pouca mídia e muita bola” enquanto atuou como jogador. Com passagens por Mogi Mirim, Corinthians, Palmeiras, Barcelona e Seleção Brasileira, o ex-craque revelou carregar uma mágoa com Galvão Bueno.
Introvertido a vida toda, o camisa 10 do penta não costuma aparecer em comerciais e participar dos milhares de podcasts que surgiram nos últimos anos, o que não significa que o craque é contra entrevistas e homenagens.
Em 2014, após o Brasil perder a disputa pelo terceiro lugar na Copa do Mundo contra a Holanda, Galvão Bueno listou uma série de ídolos do país em mundiais, porém, não citou Rivaldo.
“A história do futebol brasileiro, a história dos 100 anos da seleção escrita por Pelé, por Garrincha, por Didi, por Nilton Santos, por Tostão, por Zagallo, por Gerson, Rivellino, Jairzinho, por Romário, por Ronaldo… Também aqueles que não conquistaram o título como o Junior, Casagrande, como Falcão, como Zico, como Sócrates. A história escrita por todos esses jogadores merecia uma participação melhor (nesta Copa do Mundo)”, lembrou o narrador.
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Pegou ar
Sem ser lembrado em rede nacional, o ex-Palmeiras recorreu a seu perfil no Instagram para mostrar a sua indignação com o então narrador da Globo.
“Não preciso do seu reconhecimento Galvão Bueno. O povo brasileiro e o mundo sabem da minha importância para a história da seleção brasileira e do futebol mundial. Nunca precisei puxar saco de ninguém da mídia. Fiz meu papel e muito bem feito. E você Galvão sabe muito bem o porquê estou falando isso. #desabafo”, publicou o ex-craque.
Rivaldo disputou duas Copas do Mundo. A primeira na França (1998), quando ajudou o Brasil a chegar à final contra os donos da casa; na ocasião, a amarelinha perdeu por 3 a 0. A segunda foi na Coreia do Sul e Japão (2002); desta vez, o Brasil levou a taça, e com participação fundamental do camisa 10.
O ex-meia-atacante se aposentou em 2014, aos 41 anos. Somente o Barcelona o procurou para homenageá-lo, enquanto os demais clubes deixaram passar em branco, fato que teria deixado o herói do penta chateado.
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Sem vocação para holofotes
Enquanto os colegas de pentacampeonato seguiram na mídia após pendurarem as chuteiras, Rivaldo pouco aparece, seja como convidado ou como contratado.
Ronaldo e Roberto Carlos, por exemplo, já figuraram como comentaristas da Globo, assim como o ex-lateral Belletti, que também integrou o núcleo do SporTV. Roque Jr. também passou pela maior de todas, enquanto seu companheiro de zaga, Edmilson, seguiu o mesmo caminho, mas no SBT. Já Cafú, Marcos e Gilberto Silva foram para o mundo da publicidade.
Leto, parceiro de Rivaldo no Mogi Mirim, comentou ao UOL no dia 14 de julho de 2014 que o craque não tem vocação para holofotes.
“É o que eu penso, o Rivaldo depois da Copa do penta não foi procurado por ninguém, não teve nenhum comercial de TV. Pô, um jogador pentacampeão e ninguém faz nada com o Rivaldo. Tanta propaganda aí e nada com o Rivaldo”, declarou o ex-Mogi Mirim.
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Nem para um churrasco
Para muitos, o melhor jogador da trajetória do Penta, Rivaldo revelou ao canal Camisa 21 que não tem nada contra Galvão Bueno, porém…
“Não tenho nada contra o Galvão. Já o vi várias vezes, ele fala muito bem de mim. Já estive com ele em Orlando, mas (se ele me chamasse para um churrasco), eu ia preferir ficar em casa”, contou.
Antes do cavalinho do Fantástico ser um sucesso, a Globo emplacou o “João Sorrisão”, uma espécie de boneco do tipo “João Bobo”. O bonecão caiu no gosto da boleirada e, a cada gol, o personagem era homenageado.
Mas não Rivaldo, que ao marcar contra o Atlético Goianiense – na época em que atuava pelo São Paulo – rejeitou os pedidos de comemorar como o “João Sorrisão”.
Para o Esporte Espetacular, Glenda Kozlowski comentou a recusa do jogador.
“O Rivaldo saiu de mansinho… ô, Rivaldo… Rivaldo não quis brincar, não. Mas o Rhodolfo vai levar o dele (o boneco) pra casa”, afirmou a apresentadora.
