Um dos principais nomes da CNN Brasil, William Waack tem uma história marcante no jornalismo da televisão brasileira. Durante muitos anos, ele comandou o Jornal da Globo e foi correspondente internacional.
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Mas uma polêmica, envolvendo uma fala racista do jornalista, o tirou do ar. Segundo ele, o acontecido mudou sua vida.
Racismo revelado
Reprodução / GloboEm 2017, Waack estava à frente do Jornal da Globo quando um vídeo interno vazou na imprensa brasileira. A cena era de 2016, quando ele fazia a cobertura das eleições norte-americanas, que deu a presidência a Donald Trump. Enquanto aguardava entrar no ar, ele proferiu frases racistas depois de uma pessoa passar buzinando.
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O fato foi amplamente divulgado, e Waack foi suspenso da apresentação do telejornal. Em dezembro daquele ano, a Globo demitiu o jornalista e efetivou Renata Lo Prete (foto acima) no comando da atração.
“Eu aprendi a ter mais sensibilidade”
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Três meses depois de sua demissão, ele falou sobre o fato no Programa do Porchat, em março de 2018. Segundo ele, tudo foi uma brincadeira e não houve racismo.
“Não, pelo simples fato de que um pensamento racista jamais será uma piada. Sempre fui um tremendo gozador. Todas as piadas, menos politicamente corretas que você possa imaginar, eu faço”, afirmou.
Segundo ele, a demissão da Globo foi positiva para que ele mudasse o seu pensamento.
“Eu aprendi a ter mais sensibilidade para alguns pontos e a ser mais humilde”, falou.
Todos de acordo
A fala racista foi uma mancha na carreira do jornalista, tanto é que ele nunca falou abertamente sobre sua saída da Globo. No painel A Guerra das Palavras – Os Limites do Politicamente Correto, organizado pela Folha de S. Paulo em fevereiro de 2018, ele pontua que seu desligamento foi tranquilo.
“A emissora e eu chegamos a um acordo. Eu tinha um contrato de prestação de serviços e esse contrato, por decisão mútua, foi encerrado dentro de cláusulas mutuamente acordadas. Essa postura está espelhada em um comunicado final, assinado pelos dois lados. Mais do que isso não posso comentar”.
“Canalhas inomináveis”
Um ano depois da polêmica, em novembro de 2019, Waack disse ao jornalista Marcelo Bonfá que a Globo era um “ninho de cobras”.
“Qualquer grande empresa é [um ninho de cobras]. Como se falava na minha época, lá nos Correios e Telégrafos também é assim. Qualquer grande empresa tem pessoas com extraordinária capacidade e de caráter muito bom, e qualquer grande empresa terá também canalhas inomináveis. Acho que isso aí se aplica como regra da humanidade”, pontuou.
Atualmente, William Waack cuida de seu canal no YouTube e é contratado da CNN Brasil, apresentando o programa de entrevistas WW.