Do quarteto que fez muito sucesso com Os Trapalhões, ainda estão entre nós Dedé Santana e Renato Aragão (foto abaixo).

Dedé Santana e Renato Aragão
Dedé Santana e Renato Aragão (Divulgação / Globo)

No dia 18 de março de 1990, o Brasil perdeu o talento de Mauro Faccio Gonçalves, que tinha apenas 56 anos. Muitos podem não conhecer seu verdadeiro nome, mas quando falamos em Zacarias, dificilmente alguém deixa de dar risada ao lembrar de suas atuações em Os Trapalhões.

Ator, humorista, dublador e locutor, Mauro nasceu em Sete Lagoas (MG) e passou a integrar o grupo em 1976, ainda na TV Tupi. Fez parte do programa até a morte, além de ter atuado nos filmes da trupe e comerciais.

No entanto, o fim da vida de Zacarias foi muito sofrido. De acordo com sua família, em dezembro de 1989, o ator resolveu tomar, por conta própria, remédios para emagrecer. Ele perdeu 20 quilos, mas ficou com organismo fragilizado.

Problemas de saúde

Zacarias

Em participação no programa Domingo Show, da Record, em 2017, Marli Gonçalves, uma das irmãs do humorista, disse que ele nunca pediu ajuda para cuidar da saúde. Em seu último aniversário, comentou com ela que sabia que “estava perto de ir”.

Mauro foi internado por nove dias na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, onde ficou até a morte. Foi vítima de insuficiência respiratória – na época, surgiram boatos de que teria Aids, o que sempre foi negado veementemente pela família.

Domingo Show

Na entrevista a Geraldo Luís, Marli desabafou sobre a situação de Zacarias junto aos companheiros de programa.

“Depois que ele morreu, sumiu todo mundo. Pessoal que ligava para nossa mãe, sumiu. Ela tentou conversar com todos, ninguém atendeu mais. Eles vieram no dia do velório, deram os pêsames, mas o público não viu. Ficaram uma hora, mais ou menos, se despediram e fora embora. Nunca mais. Acabou”, disparou.

 

“Não se davam mais”

Os Trapalhões

Carlos Dias, que foi produtor de Os Trapalhões e era muito ligado a Mauro, corroborou o depoimento de Marli, dizendo que apenas Antonio Carlos Gomes, o Mussum, tinha proximidade com o ator.

“Eles não se davam mais. Mauro não se dava mais com Renato Aragão”, enfatizou.

Carlos ainda disse que ele não queria mais atuar no programa, mas que não houve tempo para que deixasse a atração.

“Ele não queria ser mais Trapalhão, queria se dedicar à religiosidade dele. Tinha montado na mansão um consultório médico para a comunidade de Jacarepaguá, construir na parte pobre por isso. Ele se entregou a remédios tarja preta”, completou.

Visita ao túmulo

Dede Santana

Recentemente, levado por Carlos, Dedé Santana visitou o túmulo de Mauro em Sete Lagoas (MG) e ficou muito emocionado.

“Ele era um apaziguador, um homem que acalmava os ânimos da gente, estava sempre bem com todo mundo”, declarou.

Compartilhar.

Thais Milena é uma jornalista formada apaixonada pela história da televisão brasileira e pelo universo dos famosos. Com conhecimento e entusiasmo, se dedica a compartilhar informações, curiosidades e análises sobre os bastidores da televisão, os programas icônicos e os artistas renomados do Brasil. Através do trabalho, busca entreter e informar seus leitores, levando-os a uma viagem pelos momentos marcantes e pelas personalidades que influenciaram a cultura televisiva do país.