Astro de O Cravo e a Rosa foi expulso de novela: “Tinham raiva de mim”

O Cravo e a Rosa

Apesar de ter feito muito sucesso, Renascer, novela apresentada pela Globo em 1993, contou com diversos problemas nos bastidores. Dois artistas de destaque do elenco foram afastados ao longo das gravações: Osmar Prado, que vivia o marcante Tião Galinha, e Taumaturgo Ferreira, que era Zé Venâncio, um dos filhos de José Inocêncio (Antônio Fagundes). Este voltou a se destacar na emissora somente em 2000, em O Cravo e a Rosa, vivendo Januário.

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O afastamento teve duras consequências na carreira de ambos: enquanto Osmar foi para o SBT, Taumaturgo ficou alguns anos fora da Globo.

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No segundo caso, na época foi divulgado que a emissora (entenda autor e diretor) não gostou da construção do personagem pelo ator e decidiu excluí-lo do elenco. O personagem foi morto em uma tocaia.

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Em entrevista ao jornal Extra em outubro do ano passado, o ator falou sobre a novela que o cancelou.

“Fui cancelado porque me expulsaram de Renascer no capítulo 50. Na hora eu não liguei porque tinha feito a novela com o máximo de dedicação. Engraçado que quando fui escalado, um astrólogo amigo meu disse que eu ia fazer um trabalho polêmico, só que achei que seria uma polêmica boa”, relembrou.

“Me tiraram da novela”

O artista havia tido trabalhos de destaque na Globo nos anos anteriores, como Anos Dourados e Top Model, mas isso mudou com a confusão.

“Até chegar Renascer eu estava com moral. Eu vinha nesse movimento. Na novela, meu nome vinha por último: Taumaturgo Ferreira como fulano de tal. Mas o personagem não era muito crível, e se o autor não está entusiasmado com você, em escrever para você, não tem jeito, e me tiraram da novela”, enfatizou.

Demorou alguns anos para Taumaturgo dar a volta por cima. Nesse meio tempo, ele garante ter aprendido muita coisa.

“Comecei a perceber que tinha muita gente com raiva de mim. A gente nunca sabe, mas quando você dá uma tropeçada, aparece sempre alguém para chutar cachorro morto. Nas ruas, eu percebia que as pessoas aprovavam meu trabalho.

O ator acabou fazendo trabalhos em outros canais – A Idade da Loba, na Band, além de Colégio Brasil e Dona Anja, no SBT. Voltou à antiga casa em 1998, quando fez Mulher e Labirinto.

“Aquilo refletiu durante muitos anos na minha carreira e percebi que estava cancelado. Demorou muito tempo para passar. Foi o caos na minha vida. Fiquei seis anos na geladeira. Ótimo que depois pude dar a volta por cima. Voltei em O Cravo e a Rosa e depois fiz Celebridade, as duas grandes sucessos”, pontuou.

Longe da televisão

Depois de O Cravo e a Rosa, quando viveu Januário, e Celebridade, Taumaturgo aceitou convite da Record, onde ficou por alguns anos. Ele deixou a emissora após Milagres de Jesus (2015), desanimado com o fato do foco do canal ter se voltado somente para tramas bíblicas.

Nos últimos anos, o ator participou da série Magnífica 70, da HBO, e das duas temporadas de Ilha de Ferro, do Globoplay, vivendo o personagem Buda. Afastado da televisão, nos últimos anos vem se dedicando mais ao teatro – estava na montagem Mãos Limpas, ao lado de Juca de Oliveira, antes da pandemia.

Além de ator, Taumaturgo também é artista plástico, já tendo participado de exposições em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre desde 1997.

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