Ao longo da história da televisão brasileira, diversas novelas ganharam mais de uma versão. Isso possibilitou que alguns artistas participassem tanto do original como do remake, muitas vezes como forma de homenagem.

Confira na lista:

Paraíso

Protagonista da primeira versão de Paraíso (1982), quando viveu José Eleutério, Kadu Moliterno fez questão de participar do remake da novela, em 2009. Na segunda versão, ele interpretou o comerciante Bertoni.

Quem também participou das duas versões de Paraíso foram Cosme dos Santos (como, respectivamente, Zé do Correio e Tóbi), e Bia Seidl (Aurora e Edite).

Sinhá Moça

Sinhá Moça (1986) foi mais uma novela de Benedito Ruy Barbosa que ganhou remake. Assim como Paraíso, alguns artistas participaram da segunda versão, em 2006.

Foram os casos de Patrícia Pillar (respectivamente Ana do Véu e Baronesa Cândida), Gésio Amadeu (Fulgêncio e Justo), José Augusto Branco (Manoel Teixeira e João Amorim) e Alexandre Moreno. Milton Gonçalves também esteve nas duas produções, com o mesmo personagem: Pai José.

Anjo Mau

Sucesso no original e no remake, Anjo Mau fez uma homenagem a Susana Vieira, que viveu a babá Nice da primeira versão (1976). Em 1997, ela fez uma participação especial no último capítulo, como a nova babá contratada pela família Medeiros.

Outro que participou das duas produções foi Átila Iório. Ele viveu o mesmo personagem nas duas ocasiões, o pai de Nice, mas com nomes diferentes: Onias, em 1976, e Josias, em 1976.

Ti-Ti-Ti

O remake de Ti-Ti-Ti (2010) foi um caso peculiar da teledramaturgia da Globo, já que, além da trama original (1985), ainda trouxe núcleos de Plumas e Paetês (1980) e personagem de novelas como Elas por Elas (1982) e Meu Bem, Meu Mal (1990).

Malu Mader participou das duas versões, como Walquíria (1985) e Suzana (2010); mesmo caso de Tato Gabus Mendes e Betty Gofman; Vera Gimenez participou especialmente como clientes dos costureiros em ambas; Paulo Goulart, Elizângela e Mila Moreira estiveram em Plumas e Paetês; e Luis Gustavo, além de ser um dos protagonistas de Ti-Ti-Ti em 1985, foi o Mário Fofoca em Elas por Elas.

A Viagem

Somente um ator participou das duas versões de A Viagem: Cláudio Corrêa e Castro viveu Daniel, mentor do Nosso Lar na primeira versão, ainda na Tupi (1975), e participou especialmente do remake (1994), como advogado de defesa de Alexandre.

A Gata Comeu

João Signorelli viveu Tito em A Barba Azul (1974), na Tupi; no remake da novela produzido pela Globo, em 1985, fez uma participação como um dos bandidos que sequestraram o malandro Oscar (Luís Carlos Arutin).

Éramos Seis

Aqui temos casos de múltiplas participações nas versões produzidas por Tupi (1977), SBT (1994) e Globo (2019).

Chica Lopes viveu a mesma personagem na Tupi e no SBT: Durvalina, a empregada de Lola. Jussara Freire e Paulo Figueiredo também participaram das duas versões, mas com personagens diferentes. Eles formaram os casais Olga e Zeca (1977) e Clotilde e Almeida (1994). Outra atriz que marcou presença em ambas foi Lia de Aguiar, respectivamente como Dona Marlene, mãe de Júlio, e madre superiora do asilo onde Lola termina seus dias.

Na Globo, foram feitas diversas homenagens. Foi realizado um encontro de intérpretes da protagonista Lola, com Glória Pires contracenando com Nicette Bruno e Irene Ravache; também participaram da nova versão Othon Bastos, Luciana Braga, Wagner Santisteban e Marcos Caruso, que estiveram na versão do SBT.

Irmãos Coragem

A produção original, de 1970, foi um fenômeno de audiência. O remake infelizmente não foi bem-sucedido, mas contou com as presenças de três nomes do elenco original: Cláudio Marzo, Emiliano Queiroz e Suzana Faini.

O Astro

Fenômeno da Globo, que parou o Brasil em 1977, O Astro teve um remake em 2011, na faixa das 23 horas. Francisco Cuoco, que viveu Herculano Quintanilha na primeira versão, participou da nova versão, agora como Ferragus, o mentor do protagonista, agora vivido por Rodrigo Lombardi.

Cabocla

Aqui temos mais um caso de retorno de Cosme dos Santos em um remake. O ator participou da primeira versão de Cabocla (1979), como Zaqueu, e retornou no remake (2004), como Nastácio, antagonista de seu antigo personagem.

Ciranda de Pedra

Após a versão original de 1981, a Globo produziu uma nova adaptação de Ciranda de Pedra em 2008. Mônica Torres e José Augusto Branco estiveram nas duas produções. Ela foi, respectivamente, Letícia e sua mãe, Lili; ele viveu Alceu Ladeira e, depois, Silvério.

Selva de Pedra

Selva de Pedra foi outro caso de novela que marcou o Brasil (1972), mas que não teve um remake tão exitoso (1986). Suzana Faini (como Ana e Olga, respectivamente), Francisco Dantas, José Steimberg, Francisco Silva, Luís Magnelli e Miguel Rosemberg estiveram nas duas versões da trama de Janete Clair.

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Gabriela

Gabriela foi mais um remake da Globo na faixa das 23 horas. José Wilker, intérprete de Mundinho Falcão em 1975, retornou como o Coronel Jesuíno; Ary Fontoura, por sua vez, foi o Dr. Pelópidas e, depois, o Coronel Coriolano.

Guerra dos Sexos

Aqui temos mais um caso de atriz que retomou seu papel da primeira versão: Marilu Bueno viveu a emprega Olívia nas duas versões, em 1983 e 2012.

Edson Celulari, que foi Zenon na primeira vez, agora interpretou Felipe, papel de Tarcísio Meira no original.

Irene Ravache, desta vez como a nova Charlô, havia feito uma participação especial em 1983, como uma das ex-mulheres de Felipe.

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Thell de Castro

Apaixonado por televisão desde a infância, Thell de Castro é jornalista, criador e diretor do TV História, que entrou no ar em 2012. Especialista em história da TV, já prestou consultoria para diversas emissoras e escreveu o livro Dicionário da Televisão Brasileira, lançado em 2015 Leia todos os textos do autor