Recentemente reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, O Clone (2001) passou por alguns contratempos na hora da montagem do elenco.
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Alguns artistas foram cogitados ou chegaram a ser escalados para viverem importantes personagens da trama de Gloria Perez, como Fábio Assunção, Letícia Spiller e Eduardo Moscovis, mas acabaram cedendo o lugar para outros colegas. Será que se arrependeram?
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A protagonista
Um dos principais casos envolve a protagonista Jade, que impulsionou de vez a carreira de Giovanna Antonelli, que vinha do sucesso de Capitu, de Laços de Família (2000).
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Antes dela, o papel deveria ficar com Letícia Spiller. A atriz, no entanto, se recusou a participar da novela, alegando compromissos no teatro. A Globo não deixou barato e suspendeu o contrato da atriz para que ela “resolvesse todos os seus projetos pessoais”, como foi divulgado na época.
Letícia acabou se acertando com a emissora e, em 2002, protagonizou a esquecida Sabor da Paixão. Ana Paula Arósio também foi cotada para viver a muçulmana, mas pediu para descansar após emendar vários trabalhos.
Dose tripla
Divulgação / GloboOs gêmeos Lucas e Diogo e o clone Léo também poderiam ter outro dono. Em março de 2001, Fábio Assunção foi dado como certo no elenco da novela, vivendo os principais papéis masculinos da história.
“Até a semana passada, somente Fábio Assunção e Juca de Oliveira estavam certos no elenco”, informou o jornal O Estado de S. Paulo na época.
Os personagens acabaram ficando com Murilo Benício, enquanto Assunção estrelou Coração de Estudante em 2002.
“Em setembro do ano passado, a Glória me telefonou dizendo que tinha escrito o papel principal para mim. Fiquei muito lisonjeado com o convite, mas não estou com disponibilidade emocional para a empreitada. Quero dar uma reciclada, tenho uma boa relação com a emissora e eles entenderam que eu precisava dar uma parada”, contou o ator ao Jornal do Brasil.
Outros casos
Já Eduardo Moscovis foi a primeira escolha da Globo para viver o personagem Said. No entanto, ele alegou que estava cansado de emendar novelas – havia feito Anjo de Mim, Por Amor, Pecado Capital e O Cravo e a Rosa, entre 1996 e 2000, praticamente sem descanso, e acabou recusando o papel, que ficou com Dalton Vigh. Em 2002, o ator esteve na fracassada Desejos de Mulher.
Atualmente longe da televisão, José Mayer era uma das principais estrelas da Globo na época, tendo vindo do sucesso de Laços de Família. Ele foi cotado para viver o Tio Ali na trama de Gloria Perez.
No entanto, ele acabou preferindo integrar outro projeto de Manoel Carlos, a minissérie Presença de Anita, que também fez sucesso. Ali acabou indo parar nas mãos de Stênio Garcia, que deixou A Padroeira para migrar de faixa e viver um dos grandes sucessos de sua carreira.
“Dá para acreditar no José Mayer como pai do Murilo Benício aos 40 anos? Claro que não”, disse a própria Glória ao JB em 2001, citando outra possibilidade: o papel de Leônidas, que ficou com Reginaldo Faria.
“Optar pelo José Mayer neste papel seria apenas escolher um galã e não um ator adequado”, completou.
Participação especial
Para completar, muitos anos antes de atuar no remake de Gabriela, Ivete Sangalo poderia ter sido uma das estrelas de O Clone.
A cantora, que sempre sonhou em ser atriz, foi convidada pela autora para a novela como uma policial – a artista também foi chamada por Carlos Lombardi para Uga Uga (2000). No entanto, por questões burocráticas, a participação acabou não saindo.
Além dos citados, também foram cogitados para o elenco da novela nomes como Cláudia Abreu, Walmor Chagas, Edson Celulari, Jonas Bloch, Thiago Lacerda e Cláudio Heinrich.