Artistas famosos nos anos 70 são pouco vistos na TV: “Fui esquecida”
29/08/2022 às 13h45
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Depois de relembrar nomes das décadas de 1980 e 1990 que estão longe da televisão. Hoje, destaco 10 artistas que estavam em evidência na década de 1970, mas são pouco vistos na TV.
Confira:
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Sura Berditchevsky
Cria do Tablado – escola de teatro de Maria Claro Machado, no Rio de Janeiro -, Sura estreou na televisão em um grande sucesso, Dancin’ Days, em 1978. Emendou mais três novelas: Marron-Glacé, Plumas e Paetês e Terras do Sem Fim, entre 1979 e 1982. Após o Tablado, criou sua própria companhia teatral, onde atuava, dirigia, produzia e escrevia suas peças.
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A partir de então, apesar de ter diminuído bastante sua aparição da telinha, a atriz manteve-se um bom tempo empregada na TV Globo, onde, além de participações esporádicas em novelas, atuava como coach de atores mirins.
A atriz nunca abandonou a carreira ou as artes cênicas. Inclusive foi vista recentemente na novela Gênesis, na Record TV.
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Eduardo Tornaghi
Eduardo Tornaghi estreou na televisão em 1973, na novela João da Silva. Na Globo, foi lançado como galã de novelas de época do horário das seis, em papeis de destaque e protagonistas em A Moreninha, Vejo a Lua no Céu, Sinhazinha Flô e Memórias de Amor, entre 1975 e 1979.
Atuou também em O Espantalho, em 1977, e Dancin´ Days, em 1978. Na década de 1980, foi visto em produções como O Todo-Poderoso, Vereda Tropical, A Gata Comeu e Carmem, entre 1980 e 1987. A partir de então suas participações em televisão foram minguando.
Em entrevista ao site Notícias da TV, em 2015, Tornaghi contou que cansou da televisão e que resolveu conhecer o Brasil real e o mundo subterrâneo da cultura. Para isso, afastou-se do veículo.
Adepto do estilo hippie, fez voto de pobreza e passou a dar aulas de teatro em presídios e comunidades carentes do Rio de Janeiro, além de escrever e organizar eventos de literatura e divulgar seus trabalhos de poesia nas ruas da capital fluminense.
Elaine Cristina
Uma das maiores estrelas da TV Tupi da década de 1970, Elaine Cristina atuou em doze novelas entre 1971 e 1980 (uma atrás da outra, literalmente), algumas de sucesso, como Os Inocentes, Ídolo de Pano, A Viagem e O Profeta. Na década de 1980, atuou em produções como o remake de A Deusa Vencida, Sinhá Moça, O Outro, Kananga do Japão, entre outras.
Depois do sucesso de Pantanal (1990), em que interpretou a personagem Irma, Elaine passou a ser menos vista em televisão. Hoje está afastada da TV. Após problemas de saúde – e até um boato de que tinha falecido – a atriz resolveu estreitar laços com os fãs por meio de um canal no YouTube: o Arte de Viver, em que faz reflexões sobre a vida e as relações humanas e passa a limpo seus trabalhos, principalmente na televisão.
José Augusto Branco
Ator lançado nos anos 1960 como galã da Globo, atuou em várias novelas, tornando-se conhecido na década de 1970 por papeis de destaque em novelas como Irmãos Coragem, O Cafona, Bandeira Dois, Uma Rosa com Amor, Os Ossos do Barão, Corrida do Ouro, Helena, Saramandaia e outras.
Na décadas seguintes, especializou-se em pequenos papeis e participações especiais e, assim, manteve-se na televisão, ainda que esporadicamente. Seu trabalho mais recente foi uma pequena participação em Malhação, Toda Forma de Amar, em 2019.
Lúcia Alves
Figura fácil nas novelas da Globo entre as décadas de 1970 e 1980, Lúcia foi uma das atrizes mais conhecidas de seu tempo, pela galeria de personagens de grande apelo popular.
Estreou na novela Verão Vermelho, em 1970, e, por pelo menos 26 anos consecutivos, não deixou de aparecer na telinha, com destaque para Irmãos Coragem, Helena, O Feijão e o Sonho, Plumas e Paetês, Final Feliz, Ti-ti-ti, Kananga do Japão, Barriga de Aluguel, Tropicaliente e outros.
Nas últimas décadas, os trabalhos na TV foram diminuindo. A última novela inteira foi o remake de Uma Rosa com Amor, em 2011, depois, uma participação em Joia Rara, em 2013. A atriz, artista plástica e escritora hoje vive com a filha Renata em Ipanema, no Rio de Janeiro, e continua apta para o trabalho.
“As pessoas têm a mania de achar que só porque não estou no ar, não estou trabalhando, ou estou na pior. Não tem nada a ver”, afirmou em entrevista.
Recentemente, foi noticiado que a atriz está lutando contra um câncer no pâncreas.
Mário Cardoso
Nascido em Lisboa, Portugal, Mário veio ainda criança para o Brasil. A beleza física o levou a fazer muita publicidade, ainda nos anos 1960. Foi galã de filmes de Renato Aragão: Robin Hood o Trapalhão da Floresta, O Trapalhão na Ilha do Tesouro,. O Rei e os Trapalhões e Os Saltimbancos Trapalhões (entre 1973 e 1981).
Estreou na TV em 1975, na última fase da novela Escalada. Ganhou papeis de destaque em A Moreninha e Escrava Isaura, entre 1975 e 1977.
Atuou em várias novelas entre as décadas de 1970 e 1980, até diminuir sua participação na televisão ao longo dos anos. As últimas foram Amor e Revolução (2011) e Milagres de Jesus (2015). Mário também é reconhecido pela voz, como dublador. Desde 2018, é diretor do estúdio de dublagem Delart, no Rio de Janeiro.
Pepita Rodríguez
Pepita Rodríguez fez muito sucesso na TV brasileira na década de 1970, principalmente por sua participação nas novelas Anjo Mau, em 1976, e Dancin´ Days, em 1978. A repercussão de sua personagem Stela Medeiros em Anjo Mau lhe rendeu a co-apresentação do programa Moacyr TV, com Moacyr Franco, em 1976, logo após o término da novela.
Pepita estreou na TV no final da década de 1960, em Beto Rockfeller, na Tupi de São Paulo, onde também atuou em novelas como Na Idade do Lobo e As Divinas e Maravilhosas, entre outras. Em 1981, fez sua última novela desse período, O Amor é Nosso!
Em 1986 abandonou a carreira artística, retornando vinte anos depois, em 2005 na novela A Lua me Disse. Após esta, foi vista em Cristal (2006), uma participação no remake de Ti-ti-ti (2011) e Boogie Oogie (2014).
Pepita não esconde que sente falta de atuar.
“Fui meio que esquecida. Não culpo ninguém, porque as pessoas só lembram dos artistas que estão no ar. Sinto muita saudade de fazer novelas, de estar na televisão. Já pedi muito para voltar. Não sei se eles encheram o saco, mas continuo esperando um personagem”, afirmou em entrevista.
Reinaldo Gonzaga
Filho do saudoso ator Castro Gonzaga, Reinaldo foi uma figura muito presente na TV das décadas de 1970 e 1980, tendo atuado em muitas novelas. Entre 1970 e 1988, fez praticamente uma atrás da outra, com destaque para Anjo Mau (1976), Dona Xepa (1977), Te Contei? (1978), Pai Herói (1979), Sétimo Sentido (1982) e o remake de Selva de Pedra (1986).
Nas décadas seguintes, a participação na TV foi diminuindo. O último trabalho foi em 2014, uma participação em Império. Longe da telinha desde então, hoje o ator vive em Petrópolis, faz trabalhos como narrador para cinema e mercado corporativo e não descarta voltar à televisão.
“Conquistei papéis legais e fiz trabalhos especiais. Estou aberto para convites. Trabalhar é um dos meus maiores prazeres”, disse em entrevista ao Gshow, em 2018.
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Rosana Garcia
“A atriz com a idade da Globo” foi a estrela da campanha dos 15 anos da emissora, em 1980, quando vivia o auge da popularidade como a Narizinho do Sítio do Picapau Amarelo, trabalho iniciado em 1977. Antes disso, ainda criança, Rosana foi vista em novelas como O Primeiro Amor, A Patota e Fogo Sobre Terra, entre 1972 e 1974.
Irmã mais velha da também atriz Isabela Garcia, Rosana, após o Sítio, voltou às novelas, como O Amor é Nosso! (1981), Direito de Amar (1987) e O Sexo dos Anjos (1989). Com o passar do tempo, foi diminuindo sua aparição na televisão, mas nunca deixou de trabalhar.
Rosana atua por trás das câmeras, como coach de atores mirins. Depois de muitos anos na Globo, hoje ela cumpre essa função nas novelas bíblicas da Record TV.
Suzy Camacho
Suzy Camacho começou a atuar no início da década de 1970, em novelas das TVs Record e Tupi, como A Barba Azul (1974), A Viagem (1975), O Profeta (1977). Nos anos 1980, teve papeis de destaque em produções da TV Bandeirantes e SBT, como Os Imigrantes (1982), A Força do Amor (1982), A Leoa (1982), Vida Roubada (1983), Jerônimo (1984) e outras.
Em 1987, fez seu único trabalho na Globo: a novela Brega e Chique. Formada em Psicologia, Suzy continuou na televisão, mas como apresentadora, tendo participado de programas como Fala Brasil, na Record, entre 1998 e 2000, Família em Foco, da Rede Aparecida, em 2009, e Quem Convence Ganha Mais, do SBT, em 2011.
Atualmente, continua atuando como psicóloga e participando em programas, como o Revista da Cidade, da TV Gazeta, abordando temas relacionados à sua profissão. Recentemente, voltou aos holofotes ao ser acusada de dar um golpe milionário em seu marido, que está em coma. Ela nega o fato.