Artista volta às novelas para ajudar autora a corrigir seu maior defeito
09/09/2022 às 18h15
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A gigante Cássia Kis está de volta ao principal horário de novelas da Globo, após quatro anos de ausência – a última passagem por lá foi através de Segundo Sol (2018), em participação especial. A atriz está escalada para Travessia, de Gloria Perez.
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A personagem reservada para Cássia promete resgatar os bons tempos nos quais ela brilhou como Adma Guerreiro, bandida de marca maior que dividiu com o marido, Félix (Antonio Fagundes), as maldades de Porto dos Milagres (2001).
Cidália vem aí!
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Em Travessia, Cássia Kis responde por Cidália. Trata-se de uma mulher imponente, que não passa despercebida. Assessora e braço direto de Guerra (Humberto Martins), ela ambiciona melhores posições dentro da firma de construção dele.
Cidália está na empresa desde a sua fundação. O seu maior objetivo é conquistar ações, tornando-se sócia de Guerra. Para isso, ela não medirá esforços – como convém às boas vilãs.
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A megera usa de sua competência para obter apoio e atenção do chefe. Entre seus trabalhos, está a licitação que permitirá derrubar casarões de São Luís, Maranhão, para construir um grandioso shopping.
Calcanhar de Aquiles
As investidas de Cidália vão destruir a história de Guerra e Débora (Grazi Massafera). É ela quem vai denunciar o caso da noiva do empresário com Moretti (Rodrigo Lombardi), amigo e sócio dele.
Débora morre num acidente de carro, deixando a bebê Chiara aos cuidados do noivo traído. Na segunda fase de Travessia, Jade Picon vai responder pela personagem, uma menina mimada, que alega ter doenças para chamar a atenção de quem está ao seu redor.
Apesar das maldades – que também vão afetar Talita (Dandara Mariana) e Ari (Chay Suede) –, Cidália terá o seu lado humano. Ela irá sofrer preconceito por conta da idade, além de ter optado por não se casar, nem ter filhos.
Vilãs que não aconteceram
Caso seja bem desenvolvida, Cidália vai causar e movimentar Travessia. Gloria Perez padece com suas vilãs há, no mínimo, 10 anos. Isso porque, apesar de quase sempre entregar bons dramas e abordar temas pertinentes em suas novelas, as vilãs estão sempre na sombra de suas heroínas.
Esse, inclusive, é considerado pelas redes sociais o maior defeito de sua autora. Em sua última empreitada, A Força do Querer (2017), Irene (Débora Falabella) não esteve à altura de Ritinha (Isis Valverde), Jeiza (Paolla Oliveira) e Bibi (Juliana Paes).
O mesmo se deu em Salve Jorge (2012), quando Lívia Marine (Claudia Raia) virou piada por cota de seus planos maléficos, sempre relacionados à seringa que ela levava na bolsa, pronta para atingir seus inimigos.
Em Travessia, a autora terá a chance de se redimir e entregar uma boa megera, do tipo manipuladora e calculista, disposta a tudo para conseguir seus objetivos e, claro, movimentar a trama principal. É o que o público aguarda depois de uma década sem grandes maldades em seus folhetins. Sobretudo, na sequência de Pantanal, que conta com a fúria sanguinolenta de Tenório (Murilo Benício).