Artista solta o verbo contra novelas do SBT: “Acaba ficando chato”

Ex-contratado do SBT, onde emplacou duas novelas, João Guilherme abriu o jogo em relação à antiga casa e à duração excessiva de suas novelas.

Larissa Manoela (Mirela) e João Guilherme (Luca) em As Aventuras de Poliana (Divulgação / SBT)

Para ele, as tramas infantojuvenis feitas pela emissora são exageradamente grandes, fazendo com que não só o público se canse de assisti-las, mas também o elenco de fazê-las.

Obras sem fim

A entrevista “sincerona” foi dada recentemente no programa De Frente com Blogueirinha. Na conversa, a personagem interpretada por Bruno Matos comparou o projeto do artista na Netflix, a série De Volta aos 15, com os folhetins da estação de Silvio Santos.

“Não é um saco sempre fazer a segunda temporada de alguma coisa, um projeto que dura tanto tempo?”, questionou a âncora.

“Projetos que duram tanto tempo acabam ficando meio chatos, eu confesso. Mas isso aconteceu mais em novela. Novela do SBT, principalmente”, disparou João.

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“‘Cúmplices de um Resgate’ ou ‘As Aventuras de Poliana’, é um negócio que você fica gravando um ano, um ano e pouco, gravando o mesmo personagem, com aquela rotina de trabalho… Isso cansa um pouco”, complementou.

Capítulos e mais capítulos

Cabe lembrar que ‘Cúmplices’, de 2015, somou 357 capítulos, enquanto ‘Aventuras’, de 2018, rendeu 564. Outras produções do canal também foram extensas – Chiquititas (2013), Carinha de Anjo (2016) e Poliana Moça contaram com 310, 545 e 403, respectivamente.

“Exagera, é meio fora da curva. Porque passa muito das novelas das nove da Globo, que ficam uns oito ou nove meses no ar. No SBT, é isso”, apontou o artista.

“‘Cúmplices de um Resgate’ ficou muito tempo. Eu fiquei trabalhando no SBT dos meus 12 anos, saí com 17 e nunca mais voltei lá”, concluiu ele.

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Defesa

Em contrapartida, Iris Abravanel saiu em defesa da longa duração das novelas do SBT. Ela se manifestou sobre os muitos capítulos da saga de Poliana (Sophia Valverde) durante a coletiva de lançamento de A Infância de Romeu e Julieta. Iris atribuiu o excessivo número de capítulos ao diretor Reynaldo Boury, falecido em dezembro último.

“Ele [Boury] queria bater o recorde de ‘Redenção’. Foi dele a ideia. Ele pedia ‘Íris, faça isso, faça mais aquilo, vamos duplicar, vamos triplicar’. Ele queria bater o recorde de ‘Redenção’”, destacou.

A referida trama, produzida pela extinta TV Excelsior entre 1966 e 1968, foi dirigida por ele e contou, ao todo, com 596 capítulos.