Mário Teixeira, autor de Mar do Sertão, também assinou O Tempo Não Para, trama das sete exibida entre 2018 e 2019 na Globo. Na ocasião, um ator veterano ficou bastante magoado com os rumos de seu personagem na novela.

Marcos Pasquim não curtiu nada o desenrolar e o desfecho de seu personagem ao longo da narrativa. O ator viveu Marino, um biólogo por formação que abandona a profissão para morar com a esposa Monalisa (Alexandra Richter) em uma cabana sem luz elétrica e água encanada, na Ilha Vermelha.

Pasquim contou que foi chamado para ser um dos antagonistas da trama e que iria disputar o amor de Carmem (Christiane Torloni) com Sabino, personagem vivido por Edson Celulari. Mas o que aconteceu, segundo o artista, foi um esquecimento do Marino, que ficou em segundo plano.

Decepção

Em entrevista na época, ao Notícias da TV, Pasquim contou mais sobre a sua frustração e o que achava ter acontecido com o personagem.

“O Mariano iria duelar com o protagonista Sabino, o Edson Celulari, pela personagem da Christiane Torloni, a Carmen. Só que viajou, voltou e só deu um tchau. Não entendi nada”, declarou, com tristeza.

O ator declarou com todas as letras ter ficado decepcionado, mas ter reparado que isso não aconteceu somente com o seu personagem. O artista afirmou ter acontecido uma perda de função.

“Aí não tem o que fazer”, lamentou.

Já Mário Teixeira não se posicionou sobre o assunto.

Sem sorte

E Pasquim não andou com muita sorte mesmo. Antes do folhetim das sete, ele tinha sido chamado para o elenco de Babilônia (2015), que também teve um desfecho muito semelhante a obra de 2018.

Na trama de Gilberto Braga, o artista faria Carlos Alberto da Matta, que viveria um romance gay com o ator Marcelo Melo. Mas a baixa audiência da novela e a péssima repercussão após o beijo entre as personagens de Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro, bem no começo, fez com que a trama fosse mal recebida pelo público, desencadeando uma série de mudanças.

O folhetim passou a ir muito mal no Ibope e precisou sofrer alterações, muitas delas completamente evasivas, mudando drasticamente núcleos inteiros, com direito a mudanças até no perfil de vários personagens. Que é onde entra Pasquim, pois o seu personagem de uma hora para a outra passou a ser heterossexual e, no fim das contas, acabou sem função.

“Rasgaram 80 capítulos, e o meu personagem rodou. Não era mais homossexual e foi ter um romance com a personagem da Camila Pitanga, rivalizando com o Thiago Fragoso. O Bruno Gagliasso, que ia ser um cafetão, virou um vilão assassinado no fim. Foi uma pena. A novela era incrível”, contou.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor