O ator Bruno Ferrari perdeu uma ação trabalhista que moveu contra a Record em 2016, assim como sua esposa, a atriz Palomma Duarte. Na ocasião, o ator solicitou que fosse reconhecido o seu vínculo empregatício com o canal.
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Ocorre que muitos nomes foram contratados pela Record como PJ (pessoa jurídica) e não como celetista, ou seja, sem ser funcionário registrado em carteira de trabalho, o que implica em benefícios e tributações.
Muitos deles processaram a emissora; uns ganharam, outros não.
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Tribunal
Bruno Ferrari foi um dos que perderam o processo. Em 2017, a juíza Danielle Soares Abeijon, da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, julgou o pedido dele como improcedente.
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Isso porque, de acordo com o portal Notícias da TV, o galã possuía uma empresa, a Bruno Ferrari Produções Artísticas, usada para o acordo com a estação de Edir Macedo, como se fosse uma prestadora de serviços.
No processo, Bruno alegava que foi obrigado a acertar com a casa nesse tipo de regime. A rede argumentou que tal informação não procedia e que a instituição usada por Ferrari para prestar o trabalho já existia antes do acordo entre as duas partes.
Derrota
Desta forma, a Record provou que não havia exigido qualquer coisa ao estabelecer a relação empregatícia.
“Aliás, constitui prática do mercado a contratação de artistas por meio de pessoas jurídicas, sendo certo que esse tipo de contratação normalmente é benéfica aos artistas, que pagam percentual de Imposto de Renda muito inferior àquele que pagariam caso tivessem sido contratados como celetistas”, explicitou a juíza na sentença.
O resultado em primeira instância se deu em novembro de 2017. Foi a segunda baixa da família em um processo contra a ex-casa. Em julho do mesmo ano, Palomma também perdeu a ação que movia contra a Record pelos mesmos motivos – e com uma contestação semelhante.
Com as perdas, os dois foram obrigados a pagar uma indenização de R$ 2 mil cada referente aos custos processuais.
Casos e casos
Se as resoluções dos processos fossem favoráveis, Bruno Ferrari e Palomma Duarte receberiam algo em torno de R$ 2 milhões referentes a multas, horas extras, 13° salário e afins.
Além deles, Leonardo Brício (foto) e Ítala Nandi saíram derrotados. Já Íris Bruzzi, Gracindo Jr, Cecil Thiré e Caio Junqueira venceram as ações contra a Record.
Trajetórias
Bruno Ferrari estreou na TV através da Globo. Em 2006, ele assinou com a concorrente para atuar em Cidadão Brasileiro. Palomma Duarte acertou sua transferência para a emissora no mesmo período. Na trama em questão, eles viviam os irmãos Marcelo e Luiza.
Nos anos seguintes, Bruno e Palomma emplacaram diversos trabalhos na casa. Ele saiu após concluir a novela Vitória (2014), reestreando na Globo com Liberdade, Liberdade (2006). Seu último papel, até o momento, foi em Salve-se Quem Puder (2020, foto, com Vitória Strada).
Já ela deixou o canal após Pecado Mortal (2013). A volta para a Globo se deu com Malhação – Toda Forma de Amar (2019), última temporada do folhetim. No ano passado, a atriz marcou presença em Além da Ilusão.