A fama traz glorias e reconhecimento, levando ao artista convites para trabalho e, muitas vezes, dinheiro e luxo. Mas nem sempre é assim: muitos famosos são esquecidos e a notoriedade some do dia para a noite. Isso ocorreu com um grande galã da TV e do cinema: Fausto Rocha Jr.

Antes de se aventurar na atuação, Fausto montou uma banda chamada Blue Stars, em Joinville (SC). O primeiro trabalho do ator foi na consagrada série O Vigilante Rodoviário, participando de um episódio.

Após isso, esteve presente em vários sucessos da TV Tupi, como O Meu Pé de Laranja Lima (1970), Nossa Filha Gabriela (1971) e A Revolta dos Anjos (1972). Além da televisão, ele era uma das estrelas dos filmes de Mazzaropi, como Um Caipira em Bariloche e O Jeca contra o Capeta.

Sucessos na Globo

Sombras do Passado

O sucesso de Fausto chegou até a Globo e ele foi contratado em 1974, atuando na novela Supermanoela. Se tornando um dos galãs da TV, ainda trabalhou em Senhora (1975), Anjo Mau (1975) e Te Contei? (1978), entre outras produções da emissora.

Nos anos 1980, fez trabalhos na Bandeirantes e no SBT, como a nova versão de O Meu Pé de Laranja Lima (1980), Os Imigrantes (1981), Sombras do Passado (1983) e A Justiça de Deus (1983).

Fausto Rocha Jr

Em 1984, retornou brevemente para a Globo e participou de alguns episódios do Caso Verdade. Após isso, os trabalhos foram diminuindo e ele foi se afastando da televisão.

Esquecido, o ator voltou a morar em sua cidade natal e, em 1997, descobriu que era portador de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença degenerativa rara.

Luta contra a esclerose

Fausto Rocha Jr e família

O tratamento era caro e todas as suas economias acabaram, deixando-o endividado. Uma campanha chamada SOS Fausto Rocha foi criada para que ele continuasse seu tratamento. Sérgio Reis, Roberta Miranda e Guilherme Arantes foram alguns dos artistas que fizeram shows para ajudar Fausto.

Em 2001, após alguns anos sofrendo com a doença, o ator morreu aos 58 anos, no dia 27 de janeiro, em Joinville.

Dircéia Cordeiro, esposa de Fausto, doou para a Casa da Cultura de Barra Velha (SC), onde o artista nasceu, todo o acervo do trabalho que ele realizou para que se fizesse um memorial. Porém, até hoje, o projeto não saiu do papel e todo material está perdido.

“Eu fico triste com isso, porque eu tenho umas broncas, se eu não gostasse de vez em quando de uma confusão, não teria casado com o Fausto”, falou Dircéia ao jornal Diarinho.

A prefeitura da cidade, no entanto, disse que o projeto ainda vai sair do papel.

Compartilhar.
Avatar photo

Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor