Sheron Menezzes (na foto com Samuel de Assis) está em um dos melhores momentos de sua trajetória profissional. Prestes a completar 40 anos, ela vive Sol em Vai na Fé, sua primeira protagonista em duas décadas de televisão.

Vai na Fé - Samuel de Assis e Sheron Menezzes
Reprodução / Globo

Sol é uma vendedora de quentinhas que mudou de vida ao se tornar backing vocal de Lui Lorenzo (José Loreto). Ela enfrenta diversos dilemas, que emocionam o público; a novela tem boa audiência e grande repercussão nas redes sociais.

Recentemente, Sheron abriu seu coração em uma entrevista à revista Quem, onde revisitou toda a sua trajetória até então.

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Preparação para Sol

Vai na Fé - Sheron Menezzes
João Miguel Júnior / Globo

Sheron Menezzes revelou que Sol, retrato da mulher contemporânea brasileira, foi inspirada em figuras com quem divide a vida e outras que enfrentam a mesma realidade da personagem país afora.

“A Sol foi construída através de muitas mulheres da minha vida. Ela chegou após um momento de redescoberta e amadurecimento, me mostrando que eu estava no caminho certo. Eu me identifico com a Sol porque somos mães que não vivem um conto de fadas”, destacou.

Outra inspiração foi Violeta, princesa fictícia criada pela mãe da atriz, Veralinda Menezzes, para que ela tivesse uma referência negra durante a sua infância.

“A Violeta foi muito importante na minha infância, mas a Sol é importante para a mulher adulta, que é mãe, está no corre do dia a dia e não espera e nem quer que o príncipe encantado apareça em um cavalo branco para salvá-la. Somos as mulheres que batalham, acordam cedo, não têm medo de lutar pelas coisas certas e por sua família, que se jogam, que são bravas no sentido de buscar os seus objetivos… Por isso todas se identificam com a Sol e eu também”, analisou.

Protagonista tardia?

Babilônia - Sheron Menezzes
Divulgação / Globo

Após a estreia na TV em Esperança (2002), Sheron emplacou papéis em tramas como Celebridade (2003), Como uma Onda (2004), Belíssima (2005) e Duas Caras (2007).

As personagens de destaque surgiram após o êxito de Milena, em Caras e Bocas (2009). Porém, apesar dos bons trabalhos em títulos como Lado a Lado (2012), Babilônia (2015, foto acima), Liberdade, Liberdade (2016), Novo Mundo (2017) e Bom Sucesso (2019), o papel principal de uma novela só foi veio agora.

“As pessoas me perguntam se eu acho que demorou muito para eu fazer a minha primeira protagonista. Dois meses atrás eu daria uma resposta diferente. Já passei desta fase de me questionar porque não foi antes. Hoje digo que tinha que ser com a Sol!”, sentenciou.

“Ela poderia ter vindo mais cedo, mas talvez as pessoas não estivessem abertas para ela antes. Ser protagonista nunca foi um sonho para mim. Sempre quis fazer um trabalho muito bem-feito, mas vejo este protagonismo como um reconhecimento do meu trabalho”, concluiu ela.

Planos para o futuro

Vai na Fé - Bella Campos, Che Moais, Elisa Lucinda, Manu Estevão e Sheron Menezzes
João Miguel Júnior / Globo

Questionada sobre o que planeja fazer assim que terminar as gravações de Vai na Fé, Sheron Menezzes revelou que fará uma pausa. O projeto, porém, é voltar ao batente assim que uma nova – e boa – oportunidade surgir.

“Gosto de ter metas, minha mãe é assim também. Agora estou focada na Sol, esta personagem incrível, um dos meus melhores trabalhos, que veio em um dos melhores momentos da minha vida. Depois disso, a minha meta é viajar o mundo. Mas gosto de trabalhar. Quero continuar tendo a oportunidade de fazer personagens que me desafiem e mexam comigo”.

Sheron, que não é mais contratada fixa da Globo desde novembro de 2020, fica à disposição do mercado audiovisual, que certamente a valorizará, ainda mais após o êxito da trama de Rosane Svartman.

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