Conquistar espaço no horário nobre da Globo é um sonho para muitos artistas, mas tamanha exposição tem várias consequências. O ator Jean Paulo Campos (na foto com Bella Campos), que estreou na emissora com Vai na Fé, que o diga…
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Conhecido pelo público desde que viveu Cirilo em Carrossel (2012), do SBT, Jean vive um momento especial na carreira como Yuri, do núcleo de estudantes. E a recepção dos espectadores, diante da visibilidade que a Globo traz, é diferente.
Racismo
Jean Paulo relatou que tem sido mais assediado desde a assinatura do contrato com a atual emissora, ano passado. Por outro lado, a exposição fez com que os ataques racistas aumentassem.
“Eu senti que começaram os ataques mais quando eu entrei na Globo, quando eu estava fazendo a preparação para a novela. Pode ter sido pela visibilidade, pelo pessoal ter visto mais o meu perfil ou por ter ficado bravo de alguma forma: ‘Como assim ele está fazendo a novela, como ele está na Globo?’. Então, nesse momento foi quando rolaram mais os ataques”, lamentou ele em entrevista ao programa Altas Horas.
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Resposta no trabalho
O intérprete de Yuri salientou que os comentários criminosos são feitos, em sua maioria, através das redes sociais.
“Eu não costumo ficar postando isso no meu Instagram, mas tem vezes em que realmente tenho que alertar, porque tem muita gente que realmente acha que não, que não tem racismo. […] Então às vezes eu me sinto na obrigação de [falar]: ‘Aí, gente, realmente acontece, e acontece muitas vezes’”, salientou.
“Creio que, também para combater isso, acho que a melhor forma é eu estar fazendo o meu trabalho, estar conquistando as minhas coisas, e quem realmente é racista vai ter que aturar”, complementou.
Trajetória
Jean Paulo Campos estreou na televisão ainda criança, através da novela Amor e Revolução (2011), do SBT. Na mesma estação, além de Carrossel, ele fez Corações Feridos (2012), Patrulha Salvadora (2014) e Carinha de Anjo (2016).
Com o fim de seu compromisso com o canal de Silvio Santos, Jean Paulo revelou o sonho de ingressar na Globo.
“Sim, até porque a Globo é uma porta muito grande. O Brasil inteiro está ligado nela. Se eu receber uma oportunidade da Globo, com certeza vou ficar muito feliz”, afirmou em entrevista ao portal UOL em 02 de dezembro de 2017.
Em Vai na Fé, Yuri enfrenta o racismo rotineiramente. Bolsista em universidade privada, ele foi preso duas vezes injustamente, por ser negro e pelo falho reconhecimento de criminosos por foto – uma denúncia do racismo estrutural, lamentavelmente presente em nossa sociedade.