Não é de hoje que alguns atores vêm a público reclamar do valor considerado baixo que recebem sempre que uma novela que participaram é exportada ou reprisada. Desta vez, o corajoso foi Caio Manhente (na foto abaixo, com Clara Moneke), que está no ar como Rafa em Vai na Fé, e vem conquistando público da novela com o seu personagem complexado no seu processo de cura.
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Reprodução / Globo
Há alguns anos, o jovem ator chegou a reclamar dos valores recebidos por suas novelas mais recentes na líder de audiência.
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Cachê simbólico
João Miguel Júnior / Globo
Em novembro de 2021, Caio Manhente usou seu perfil para expor sua indignação com o valor recebido pela comercialização de cinco novelas em que atuou. São valores referentes à comercialização das obras para reprises no canal Viva ou a disponibilidade dos folhetins no Globoplay.
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Durante o vídeo postado pelo ator, ele mostra uma carta que recebeu da emissora sobre a comercialização das novelas O Sétimo Guardião (2018), Boogie Oogie (2014), Amor Eterno Amor (2012), Cordel Encantado (2011) e Viver a Vida (2009). Na carta, aparecem os valores que ele recebeu por conta dos direitos de imagem.
“Muita gente pergunta como é quando vendem uma novela que você fez. E é assim: a gente recebe uma carta de direitos conexos e ou autorais de licenciamento da Globo. E nesse caso aqui as vendas foram para canal interno, o Globoplay, e outras emissoras”, disse.
Ele ainda mostrou algumas novelas e emissoras para as quais foram vendidas enquanto debochava do valor do cachê.
“Um monte de novelinha aí que eu fiz. Aí eu ganhei R$ 395. Tá bom…”, encerrou ele.
Personagem desafiador
Reprodução / Globo
Pouco mais de dois anos após o fim de Quanto Mais Vida, Melhor! (2021), o ator retornou ao horário das sete para um personagem bem diferente do que fez em carreira. Em Vai na Fé, Caio Manhente é Rafa, um jovem depressivo que sofre com os problemas dos pais e, consequentemente, se isola do mundo.
Antes de a novela de Rosane Svartman estrear, em janeiro deste ano, o ator analisou o seu personagem em uma conversa com o portal Yahoo.
“Todo personagem sempre faz com que a gente descubra coisas novas sobre nós mesmos, mas o Rafael está me dando a oportunidade de lidar com questões muito profundas através dele. O personagem é um cara sensível e observador. Por isso mesmo, sofre tanto na relação com os pais. É uma família disfuncional, tóxica. E ele sabe disso”, afirmou.
“Ele está passando por uma depressão. Lidar com uma questão importante e tão contemporânea do mundo e da juventude é uma responsabilidade muito grande. Por isso, estudei bastante sobre o tema. Li livros, artigos, assisti videoaulas, escutei podcasts e cheguei a encontrar uma querida psicanalista que foi minha professora na faculdade e se dispôs a conversar”, contou, a respeito da preparação.
Carreira incentivada por Xuxa
Reprodução / GNT
Desde que estreou na televisão, em um episódio da série Casos e Acasos (2008), o ator coleciona mais de treze trabalhos no vídeo em uma carreira promissora nas duas principais emissoras do país.
O ator estreou na telinha ainda criança, aos oito anos, e desde então, já coleciona diversos trabalhos na Globo e na Record. Nos últimos anos, Caio esteve em Malhação: Pro Dia Nascer Feliz (2016), O Sétimo Guardião (2018), Gênesis (2021) e Quanto Mais Vida, Melhor! (2021).
Recentemente, ele confessou que o seu desejo de ser ator foi muito influenciado por Xuxa Meneghel (foto acima). O rapaz, que nasceu em 2000, acompanhou a era Xuxa Só Para Baixinhos e sempre quis aparecer em um dos DVDs da apresentadora.
“Um dia, minha dinda me levou a uma agência. Eles me deram um texto para decorar e voltar na semana seguinte para gravar. Enquanto minha dinda e a moça ficaram conversando, eu decorei o texto, voltei e falei: ‘Olha, eu já decorei, posso fazer logo?’ […] Aí, a moça falou: ‘Esse moleque vai ser ator’”, contou Caio.
Mesmo sem conseguir participar de nenhum DVD, ele reconhece a importância da admiração pela loira na dedicação ao seu ofício de ator. Os dois só vieram a se conhecer numa participação dele no TV Xuxa, ao lado de Klara Castanho.
“Eu tinha entrado nesse por causa da pira da Xuxa. Eu fui gostando da parada, fui amando, na verdade. Até uns 14 anos era só diversão, eu não via como trabalho”, completou.
