Nos anos 1990, a Globo lançou um ator que se tornou uma promessa da dramaturgia global: Alexandre Barillari, que estudou teatro escondido dos pais, tornou-se umas das revelações da emissora carioca.
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Ele fez sua estreia em Vamp (1991). Nos anos seguintes, esteve em Salsa e Merengue (1996), Malhação (1998/1999), O Cravo e a Rosa (2000), Vidas Cruzadas (2000), Chocolate com Pimenta (2003), quando viveu o personagem Beto, Senhora do Destino (2004) e Alma Gêmea (2005).
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Destaque em Alma Gêmea
Nesta trama, que foi recentemente exibida pelo canal Viva, ele viveu um de seus principais papéis na televisão. Barillari foi Guto, um jovem apaixonado pela vilã Cristina (Flávia Alessandra). Por amor, ele atende a todos os caprichos dela e cumpre todos os seus planos ardilosos e cruéis, contra quem entrar em seu caminho.
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Ele foi quem assassina Luna (Liliana Castro), a mando de Cristina. Ao longo da história, Guto se decepcionou cada vez mais com a amada e acabou morrendo. A maléfica, no entanto, logo encontrou outro capanga, mas o espírito de Guto voltou através de Alexandra (Nívea Stelmann) para desmascarar a vilã.
Na época, foram divulgados rumores de que o personagem teria morrido na trama devido a um desentendimento entre o ator e o autor, Walcyr Carrasco.
Barillari estava em cartaz com a peça O Mistério do Fantasma Apavorado, ao lado de Bia Seidl, sua colega de elenco também na novela. Na ocasião, soube que o cachê de Bia no teatro era mais alto que o dele e foi reivindicar um aumento, o que teria causado a fúria do autor, que, reforçando seu sobrenome, matou o personagem na novela e resolveu o problema.
Passagens por outras emissoras
Após o fim de Alma Gêmea, Barillari foi trabalhar em outras emissoras. Em uma passagem pelo SBT, esteve em Cristal (2006). Em 2007, foi contratado pela Record e atuou em Caminhos do Coração (2007), Bela, a Feia (2009), Dona Xepa (2013), Milagres de Jesus (2014), Belaventura (2017), entre outras produções.
Ele saiu do canal de Edir Macedo em 2017 e retornou à Globo apenas 16 anos depois, em 2021, para viver Prudêncio, em Nos Tempos do Imperador.
“Eu ganhei muitas coisas na Record, mas ela tem uma visibilidade um pouco menor. Ter ficado tantos anos na Record tem esse lado, de perder visibilidade. Claro que nesse tempo outros projetos me ocupavam. Também por conta dos dois anos de pandemia, o ritmo deu uma arrefecida. Não foi por uma vontade minha (o afastamento), uma saída de cena unilateral. Foi circunstancial”, revelou o ator ao site Notícias da TV.
Atualmente com 49 anos e pronto para outros trabalhos, Alexandre não se importa mais com a fama de galã; ele quer apenas mostrar o seu talento.
“Hoje eu dia, não luto mais com isso, mas vou fazendo minha parte. Quando eu publico minha coisa sobre Shakespeare, que é um assunto que amo, eu já sei que não vou ter tantas curtidas quanto uma foto em uma praia da Bahia. Mas não acho que é um problema comigo, acho que é um problema com o mundo: as pessoas estão mais interessadas em biquíni do que nos versos de Shakespeare”, concluiu.