Apresentador abriu o jogo sobre fim do Altas Horas: “Quem determina não sou eu”

Altas Horas - Serginho Groisman

Reprodução / Globo

No ar há 23 anos, o Altas Horas é um dos programas mais longevos do entretenimento da Globo. A atração tem resistido bem ao tempo e às inúmeras mudanças que a emissora tem promovido na programação nos últimos anos.

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Ainda assim, vira e mexe, surgem boatos de que o programa pode estar na lista dos futuros cortes do canal. O apresentador Serginho Groisman (foto acima) até chegou a falar sobre isso, mostrando que está pronto para um possível ponto final em seu programa.

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O público decide

Reprodução / TV GloboEm 2020, o Altas Horas celebrou 20 anos na grade da Globo. Para celebrar a efeméride, Serginho Groisman e sua equipe bolaram vários quadros especiais. No entanto, os planos tiveram que ser alterados, já que a pandemia da Covid-19 afetou a atração. Tanto que Serginho passou a apresentar o programa de sua casa.

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Mas, antes disso, ele falou sobre as comemorações do aniversário do Altas Horas ao portal Notícias da TV. Na entrevista, publicada em março de 2020, Serginho falou sobre os boatos do fim do programa e revelou ter consciência de que esse dia vai chegar. Porém, ele encara tudo com muita tranquilidade.

“Não fico pensando, nunca pensei pra frente, nem pra trás. É minha visão da vida. Quem vai determinar isso [o possível fim do programa] não sou eu, é quem assiste. E eu, evidentemente, tenho que ter uma autocrítica pra saber se o que eu vou fazer vale a pena. Minha trajetória é muito do acaso”, afirma ele.

Formato clássico

Divulgação / SBT

O Altas Horas completa 23 anos no próximo mês de outubro. No entanto, Serginho Groisman comanda este tipo de programa há muito mais tempo, já que a atração da Globo repete o bem-sucedido formato lançado no Matéria Prima (1990-92), da TV Cultura, e Programa Livre (1991-99), do SBT.

Sobre isso, Serginho chegou a admitir a vontade de fazer outro tipo de programa, mas que o formato do Altas Horas permite uma mutação constante, o que explica sua longevidade.

“Vontade de fazer outros formatos eu tenho, mas como não esgotou esse aqui, tenho muito trabalho a fazer. Esse é um formato sem ter uma fórmula. O que tem é uma plateia, e o resto é tudo criação nova. [A longevidade] Tem a ver com inovar, pensar sempre para a frente”, explicou.

Em busca de novidades

Apesar de fazer o mesmo programa há mais de 30 anos, Serginho sempre demonstrou vontade de fazer coisas novas, como ele mesmo admitiu. Tanto que foi essa vontade que o levou a trocar o SBT pela Globo no final de 1999.

Ao contratá-lo, a Globo queria que Serginho tocasse um programa similar ao Programa Livre, nascendo o Altas Horas. Já Serginho solicitou a oportunidade de fazer coisas diferentes, em outros canais do grupo. Ele revelou isso em entrevista à Folha de S. Paulo de 6 de fevereiro de 2000.

“Deixei o SBT porque tinha um projeto. Eu adorava as pessoas de lá e estava muito bem, mas senti que poderia desenvolver um novo trabalho. Uma transferência para a Globo traz uma série de expectativas. Não saí por nenhum tipo de deslumbramento, nunca sonhei em ir para a Globo como se isso fosse ser o ápice da minha carreira. Aceitei a proposta porque oferecia novas possibilidades para mim”, disse.

Os projetos de Serginho incluíam um programa sobre educação no canal Futura e um talk show na GloboNews. O primeiro aconteceu, pois, durante um tempo, ele comandou o Tempo de Escola, no Futura. No campo da educação, Serginho tocou também o Ação, nas manhãs de sábado da Globo, por vários anos. No entanto, o programa da GloboNews não saiu do papel.

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