Aposta de América deu trabalho nos bastidores: “Cigano Igor do Bush”

Um dos personagens que chamam atenção no início de América (2005) – atualmente em reprise no Viva – é Nick, o peão americano que se envolveu com Sol (Deborah Secco). Na época, o ator foi anunciado como uma grande aposta da Globo, mas seu trabalho não agradou e o personagem até perdeu espaço na trama.

Lucas Babin e Gabriela Duarte em América (divulgação/Globo)

Na novela de Gloria Perez, Nick é um peão sedutor e boy lixo que dispensa as mulheres logo depois de conquistá-las. Neto de Miss Jane (Eva Todor), ele instiga as pretendentes, que caem em seu joguinho de sedução. Após fazer bastante sucesso, que lhe rendeu dinheiro muito cedo, o rapaz só quer saber de se divertir. Durante sua trajetória no folhetim, ele ainda acaba tendo um envolvimento com Sol.

Enquanto isso, o ator Lucas Babin, intérprete do personagem, mudou completamente de rumo.

Na novela da Globo

Quando surgiu na tela da Globo em 2005, Lucas apareceu como grande novidade, já que ele fazia sua estreia em produções brasileiras. América, aliás, foi a única novela que ele participou em toda a carreira.

Na época em que participou da trama das oito, o galã vinha das passarelas internacionais, mas já havia feito participações em séries americanas, como Sex and the City (2001), além de ter no currículo um papel no filme Escola do Rock (2003).

Nascido em Beaumont, no Texas, o ator já tinha alguma experiência com o universo que viveu no folhetim da Globo por causa de sua criação.

Ele fez sucesso entre o público na época e agora tem sido reconhecido pelos telespectadores por conta da reprise de América no Viva. Muitos são os comentários de brasileiros em seu perfil nas redes sociais.

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Críticas

Lucas Babin como Nick em América (divulgação/Globo)

Apesar de ter sido uma grande aposta da Globo, Lucas Babin não escapou de inúmeras críticas por conta de sua fraca atuação. Isso porque o ator não sabia falar português, o que comprometia o seu trabalho. Para driblar a dificuldade, a emissora até desistiu de colocá-lo falando português em cena e passou a legendar seus diálogos.

Mas, mesmo assim, o trabalho de Lucas não agradou. Com isso, aos poucos, o peão Nick foi sumindo da novela América. O personagem foi perdendo função até se tornar praticamente um figurante de luxo.

Em 25 de outubro de 2005, quando América ainda estava no ar, o jornal Folha de S. Paulo informava que a Globo nem havia esperado América acabar para avisar que Lucas Babin não tinha mais vínculo com o canal. Tanto que, um dia antes, o ator havia participado do programa Hebe, do SBT, onde foi divulgar seu CD, em uma tentativa de virar cantor.

O jornal também informava que Lucas foi apelidado de “cigano Igor do Bush”, por conta de seu fraco desempenho na novela de Gloria Perez. Era uma alusão ao personagem de Ricardo Macchi na novela Explode Coração (1995), também assinada por Gloria, e que também sofreu muitas críticas por conta da atuação fraca.

Por onde anda Lucas Babin, o peão Nick de América?

Murilo Benício e Lucas Babin em América (divulgação/Globo)

Atualmente, Babin leva uma vida bem diferente, deixando para trás a carreira artística como ator e modelo. O último trabalho dele como ator foi na série CSI: Investigação Criminal, em 2007.

Desde então, o ator trilhou outro rumo. Aos 44 anos, ele é promotor público do condado de Tyler Country, no Texas.

Babin, que no passado chegou a manter relacionamento com a socialite americana Paris Hilton, hoje é casado com uma brasileira. Ele está com a empresária Luciana Bressane desde 2007 e o casal tem dois filhos gêmeos.

Guerra com a Netflix

Lucas Babin atualmente trabalha como advogado (reprodução/web)

Nos últimos tempos, Lucas Babin voltou a aparecer na mídia por causa de uma situação envolvendo a Netflix. Em seu trabalho como promotor nos Estados Unidos, ele acionou o streaming com uma acusação de pornografia infantil no filme Lindinhas (2020).

De acordo com reportagem do portal Variety, no entanto, o ex-ator sofreu uma derrota na guerra judicial com a Netflix. Por uma decisão de três votos a zero, o tribunal decidiu manter uma liminar em primeira instância que determinou a suspensão por tempo indeterminado da acusação feita por Babin.