Intérprete de um dos personagens mais queridos do humorístico A Praça é Nossa, comandado por Carlos Alberto de Nobrega, Clayton Silva nasceu em Uberlândia (MG), em 6 de fevereiro de 1938. O artista teve um triste fim de vida, perdendo a luta contra um câncer terminal. Antes disso, teve que ser afastado do humorístico para ser internado.
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Ele iniciou sua trajetória artística ainda em Uberlândia, onde fez teatro e em seguida escreveu e produziu o programa de rádio Tudo Pode Acontecer.
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Sua trajetória na televisão teve início no fim da década de 1950 e no começo dos anos 1960, quando atuou no humorístico Miss Campeonato (1957-1960), na TV Paulista, onde interpretou um torcedor do Juventus.
Ainda na emissora ele integrou o elenco da Praça da Alegria (1957-1960), comandado por Manuel de Nóbrega, e do São Paulo, Num Te Aguento (1957-1964).
Na década seguinte, o artista participou de alguns quadros do Os Trapalhões, exibido na Globo, e fez vários trabalhos no cinema, como os longas Na Violência do Sexo (1978), O Bem Dotado, o Homem de Itu (1979) e Pecado Horizontal (1982).
Consagração na Praça é Nossa
A partir de 1987, Clayton foi contratado pelo SBT onde atuou no A Praça é Nossa, então apresentado por Carlos Alberto de Nóbrega, filho de Manuel de Nóbrega, criador do programa.
No humorístico, ele interpretou dois personagens que marcaram a sua carreira: o Louco, marcado pelo bordão “Tô de olho no sinhô”, e o Caipira, que, ao lado do seu compadre, interpretado pelo comediante Paulo Pioli, contava hilários causos de sua vida e do Carlos Alberto de Nóbrega e ao final soltava o bordão “Êta fuminho bão”.
Clayton, que morava numa chácara no limite de Campinas com Indaiatuba (SP), nos últimos anos de vida, além de atuar no humorístico, ainda fazia apresentações de humor pelo país e apresentava um programa na rádio Central de Campinas, aos domingos.
Luta contra o câncer
Em 27 de novembro de 2012, o veterano artista precisou ser internado por conta de complicações de um câncer no pâncreas diagnosticado três anos antes.
Ele chegou a passar por uma cirurgia para retirar parte do tumor e desde então permaneceu internado na UTI do Centro Médico de Campinas.
Clayton Silva faleceu na tarde do dia 15 de janeiro de 2013, aos 74 anos. Seu corpo foi cremado no cemitério Vila Alpina.
Ele deixou a esposa Isis, com quem era casado há 50 anos, três filhos e quatro netos.