Passando por um período ruim em audiência, muita gente esperava que o SBT, a exemplo de outras crises, fosse recorrer aos clássicos mexicanos para dar a volta por cima. Mas isso não aconteceu…

Thalia em Rosalinda
Thalia em Rosalinda (Divulgação)

Impossibilitada de reprisar Marimar (1994), Maria do Bairro (1995) e A Usurpadora (1998), a emissora precisará atacar com títulos genéricos, como Rosalinda. A trama de 1999 está cotada para ser a próxima da faixa das 14h15 do canal.

Mesmo tendo Thalia como protagonista, a novela não possui nem metade do prestígio das outras produções estreladas pela diva mexicana.

Com três exibições no total, o melodrama, que é um recorte e colagem de todas as Marias, nunca foi bem em nenhuma de suas reprises. Tanto em 2004, como em 2013, o folhetim passou em branco, com baixíssimos índices de audiência.

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Sem combatentes importantes

Rebelde - Anahí, Angelique Boyer e Estefanía Villarreal
Angelique Boyer, Estefanía Villarreal e Anahí em Rebelde (Divulgação / Televisa)

A bem da verdade, é que a direção do canal precisará ser criativa na escolha da substituta de Rebelde, já que necessita escalar uma produção que seja capaz de trazer o público de volta – e isso sem poder acionar as velhas de guerras.

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Falando nos clássicos da dramaturgia mexicana, a suposta escolha pela genérica Rosalinda só comprova a informação trazida pelo TV História com exclusividade, de que a janela de exibição dos referidos títulos atualmente está com o grupo Globo, o que bloqueia eventuais reprises na estação de Silvio Santos por um período determinado.

Programa Silvio Santos
Silvio Santos no comando de seu programa (Reprodução / SBT)

Devido ao imbróglio, a diretoria precisará mexer no baú – que não é o da felicidade – e desenterrar outros clássicos exibidos em sua programação no passado.

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Atacando com outros títulos

Rubi - Barbara Mori
Rubi (Divulgação / Televisa)

Neste sentido, o canal ainda tem Rubi (2003), sucesso em todas suas exibições, mas sem o apelo de uma mocinha sofredora que uma história clássica mexicana possui; a personagem principal é uma vilã.

Para tal clichê, a rede poderá desenterrar Rosa Selvagem (1987), exibida com sucesso em 1991 em dobradinha com a versão original de Carrossel, que bebe da mesma fonte das Marias. Trama esta que estava presente no institucional das novelas mexicanas lançado recentemente pelo SBT.

Resta saber se o público do canal, cada vez menor, dará chance a um folhetim fora dos padrões mexicanos ou a um outro tão antigo que, provavelmente, não estará com uma imagem 100%. Também será interessante observar o comportamento dos fãs do canal a mais uma reprise de uma novela que ninguém pediu para rever.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor