Nascida na capital paulista, Cristina Prochaska estreou nas novelas em 1980, em Plumas e Paetês. A atriz, que teve papéis de destaque em outras tramas daquela década, está longe da televisão há 10 anos e ficou marcada por uma gafe histórica, mesmo que involuntariamente.
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Sem querer, o sobrenome da atriz virou sinônimo de órgão sexual feminino. Esse fato pitoresco aconteceu durante uma transmissão ao vivo do Carnaval de 1984 na Band, quando o diretor Eduardo Lafon (1948-2000) pediu para o cinegrafista “fechar na Prochaska”.
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A transmissão era comandada por Otávio Mesquita, atualmente no SBT, e Emílio Surita, hoje comandante do Pânico. Cristina trabalhava como repórter na cobertura e, quando falava, uma mulher tirou a parte de baixo do biquíni e ficou dançando perto da câmera. A ordem do diretor era justamente para evitar a cena, mas ocorreu o contrário: o câmera deu um zoom na genitália da dançarina.
“Essa história é ótima porque aconteceu mesmo e eu nunca fiquei chateada. Pelo contrário. Sempre ri muito, me divirto horrores. O meu falecido pai não gostava e dizia que aquela situação diminuía o meu trabalho. Na época, eu lembro que a gente ria muito da confusão. Eu, o Emílio Surita e o Otávio Mesquita, que aliás ganhou muito dinheiro com esse ‘Fecha na Prochaska!’. Virou um jargão, uma hashtag e até os mais jovens que nem sabem que foi a Prochaska direito sabem desse caso”, relembrou a atriz em entrevista ao UOL, em 2018.
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Destaque em Vale Tudo
Depois de apresentar programas como Vídeo Show e Pequenas Empresas & Grandes Negócios, ela teve um papel de grande destaque em Vale Tudo (1988), vivendo a homossexual Laís Amorim.
“Foi um personagem marcante e que deveria ter me ajudado. Foi um papel corajoso e nós duas fomos pioneiras. Tem também o mérito da equipe da novela que soube tratar o assunto com cuidado, muita delicadeza e seriedade”, pontuou a artista.
Em seguida, encarou a vilã Charlotte em Que Rei Sou Eu?; em 1991, interpretou Sheila em Felicidade. Outro papel lembrado veio em 1995, quando foi a Yara de História de Amor.
Sumiço da televisão
A partir daí, a atriz diminuiu sua presença na televisão, participando de tramas como A Indomada, Estrela de Fogo, Aquarela do Brasil, Casos e Acasos, Faça Sua História e Poeira em Alto Mar. O retorno às novelas veio em 2009, com uma ponta em Viver a Vida, mas ficou nisso.
Seus últimos trabalhos na telinha, até o momento, foram em episódios das séries As Cariocas (2010) e As Brasileiras (2012). Ela mesma não conseguiu explicar o motivo de seu sumiço, como se tivesse sido “banida” do veículo.
“Corri atrás durante três anos. Pedia trabalho, mandava currículos e, apesar da minha experiência em cinema, teatro e na própria televisão, não conseguia um papel em novela ou minissérie. Batia na porta mesmo! Não consegui emprego e até hoje eu não sei o motivo”, ressaltou, na mesma reportagem do UOL.
Mesmo longe da televisão, ela, que atualmente tem 62 anos, não ficou parada. Continua atuando no teatro, teve um serviço de Caterina, montou um estúdio de fotografia em Ubatuba (SP), ocupou cargos públicos na prefeitura local e chegou a se candidatar a vereadora, mas não foi eleita.