Desde o lançamento da série Pacto Brutal, que revelou detalhes sobre o assassinato de Daniella Perez, a tragédia voltou a ser assunto na imprensa. A morte da filha de Gloria Perez e Luiz Carlos Saupiquet Perez virou um documentário da HBO Max que procurou elucidar como o crime ocorreu.
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Contudo, a série documental despertou uma dúvida no espectador acerca do pai da jovem atriz. Na produção, pouco se falou sobre ele.
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Enquanto Gloria Perez constantemente dava entrevistas revelando sua luta para colocar Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, os assassinos de sua filha, na cadeia, Luiz Carlos se manteve discreto e permaneceu assim até sua morte.
“Definhou”
Luiz Carlos Perez (foto acima) faleceu dois anos depois da trágica morte de sua filha. Ele teve uma leucemia e não resistiu.
Em entrevista à Revista Trip, Gloria explicou que os últimos dias de seu ex-marido não foram nada fáceis. Segundo a autora de Travessia, ele “definhou”, pois não aguentou a morte da herdeira.
A novelista e ele se casaram em 1969, mas a união chegou ao fim em 1984. Do relacionamento, além de Daniella, o casal teve também Rodrigo e Rafael – este último em 2002, aos 25 anos, após uma operação no cérebro.
De poucas palavras
Luiz Carlos era um homem de poucas palavras. Ele falou com a imprensa em apenas duas oportunidades. A primeira foi em uma entrevista à repórter Ilze Scamparini, na qual ele relembrou como era Daniella.
“Meiga, carinhosa e amiga. Mas também esperta. Muito mimada. Primeira filha, primeira neta”, contou.
Desabafo
Sua segunda aparição foi um ano após o crime, em 1993, em conversa com a revista Manchete. Na ocasião, ele falou da dor de perder a filha.
“Minha filha era forte. Morreu porque foi atraiçoada… Uma menina na flor da idade… No Instituto Médico Legal, quando eu toquei no bracinho dela, estava frio. Eu pensei que ela ia ficar quente de novo e piscar para mim, mas ela não fez nada. Você fica na ilusão até a hora do enterro, mas, na hora em que o caixão desce, acaba tudo… Hoje, mais do que nunca, eu tenho certeza de que minha filha seria uma grande estrela”, disse.
Gloria lutou muito para que os assassinos de sua filha pagassem pelo crime. Guilherme e Paula foram condenados a 19 anos, e 18 anos e seis meses de cadeia, respectivamente. No entanto, o condenado foi solto em 1999, após cumprir um terço da pena. O ex-ator e pastor morreu este ano, aos 53 anos, vítima de um infarto.