Aos 90 anos e não querendo nem ouvir falar de aposentadoria, Ary Fontoura (na foto abaixo, ao lado de Bete Mendes) está de volta ao trabalho. O ator, que é exigente consigo e sempre anseia por novos trabalhos, acaba de ser escalado para o elenco de Família Paraíso.
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Com 74 anos dedicados à carreira, o veterano afirma que ainda sonha com papéis que ainda não fez e confessa ter recebido outras propostas para este ano.
“Sempre fui fazendo coisas que me eram possíveis fazer. Tenho sonhos, coisas que ainda não fiz. Se você se sente excelente e acha que nada falta, é aí que mora o perigo”, contou ao Yahoo!.
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Autocrítica
Ary é o maior crítico de seus próprios trabalhos. Mesmo com uma galeria de tipos populares, como nas novelas Saramandaia (1976), Amor com Amor se Paga (1984), A Indomada (1997), A Favorita (2008), além de Chocolate com Pimenta (2003), o artista sempre tem uma certeza quando se vê em papéis antigos.
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“Por mais que eu tenha tido trabalhos bem-sucedidos, apoio da crítica e público, costumo ainda reprovar vários trabalhos que faço, penso que poderia ter ido melhor. Sou intransigente comigo mesmo, me julgo incompleto. Quando revejo trabalhos antigos eu fico louco, se eu fizesse agora faria melhor”, confessou.
De volta
Para este ano, o tarimbado artista estará na segunda temporada de Família Paraíso (foto acima). De acordo com Patrícia Kogut, colunista de O Globo, a nova leva de episódios do humorístico estreia no Multishow ainda no primeiro semestre. A Globo exibe mais adiante, no final do ano.
Além da série, conforme adiantou a colunista, Ary também poderá entrar para o elenco de Fuzuê, substituta de Vai na Fé no horário das sete, com estreia prevista para agosto.
Sobre os trabalhos, o profissional contou que vem recebendo chamados, mas tem se dado ao luxo de poder escolhê-los.
“Sempre fico na expectativa. Tenho recebido convites pelo Instagram. Dentro do meu tempo, vou fazendo uma triagem do que é melhor. Apesar da idade que estou, tenho a possibilidade de escolher trabalhos”, comentou.
Nada de aposentadoria
Com anos de serviços prestados ao canal carioca, Fontoura não pensa em aposentadoria. Pelo contrário: segue mantendo contatos e buscando novos projetos, sem medo de encarar o exaustivo ritmo de gravações.
“Tudo requer oportunidades, fazer bons trabalhos, mas o sucesso está sempre escondidinho. Só na Globo estou faz 58 anos com currículo grande. Mas continuo sempre procurando trabalho e mantendo contatos. Na terceira ou quarta idade, você não é mais um garoto e os problemas físicos são considerados”, avaliou.
“A rotina de gravações… São 10 horas diárias. Mas consigo papéis bons. Sempre tem um vovô, um titio, a idade não é impeditiva, ao contrário, ela por vezes é mais importante pela experiência adquirida. A aposentadoria é o final de tudo, e uma palavra esquisita para mim e não me atrai”, afirmou.