Após novela da Globo, reprise do SBT também é punida pelo governo

21/04/2023 às 12h26

Por: Dyego Terra
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Francisco Inácio / SBT

Após reclassificar Chocolate com Pimenta (2003), em reapresentação nas tardes da Globo, o Ministério da Justiça partiu para cima do SBT. O órgão alterou a classificação indicativa da reprise de Marisol (2002).

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Francisco Inácio / SBT

A trama estrelada por Bárbara Paz, baseada no original mexicano de mesmo nome, passou por duas reclassificações na primeira quinzena de abril.

Reavaliação

Marisol - Glauce Graieb

Francisco Inácio / SBT

A reapresentação de Marisol teve início em 9 de janeiro, com o selo 10 anos – proveniente da última transmissão do folhetim, em 2012. A classificação durou apenas três meses.

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No último dia 10, a obra passou a ser considerada pelo Ministério da Justiça como imprópria para menores de 12 anos por apresentar “violência, drogas lícitas e temas sensíveis”.

Tal atribuição não durou uma semana. Marisol passou a “não recomendada para menores de 14 anos”, com as mesmas alegações anteriores acrescidas de “atos criminosos” e “suicídio”.

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Este último tema, aliás, é considerado pelo MJ como impróprio para menores de 16 anos, o que pode implicar em outra reclassificação.

Análise do início ao fim

Marisol - Alexandre Frota e Bárbara Paz

Francisco Inácio / SBT

Além das duas mudanças de agora, Marisol já havia passado de “livre” para “não recomendada a menores de 10 anos” em 2012.

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Cabe esclarecer que o Ministério da Justiça tomou as duas decisões com base em suas próprias análises, sem que tenha ocorrido denúncias por parte dos espectadores.

Além disso, o material analisado contempla a totalidade da obra, disponível no catálogo do SBT Vídeos.

Caretice?

Chocolate com Pimenta - Mariana Ximenes e Murilo Benício

Gianne Carvalho / Globo

Muito se fala sobre o rigor exagerado em tais análises, uma vez que, a exemplo da justificativa dada à produção da rede de Silvio Santos, qualquer novela apresenta “atos criminosos” e “temas sensíveis” – até mesmo histórias cômicas, bíblicas e infantis.

Chocolate com Pimenta, por exemplo, saltou de “livre” para “12 anos” por conter, segundo a instituição, “ato violento, exposição de pessoa em situação constrangedora ou degradante, nudez velada, consumo de droga lícita, estigma ou preconceito e morte intencional”.

Quem lê tais palavras pode pensar que está diante de um thriller dos mais pesados. Chocolate com Pimenta, porém, é uma comédia romântica exibida originalmente às seis da tarde.

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