Falecido em 2021, Gilberto Braga está em alta na Globo. A emissora vem resgatando vários clássicos assinados pelo autor, além de planejar o remake de Vale Tudo (1988), obra escrita por ele em parceria com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères.
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Nada mal para um profissional que amargava certo desprestígio no canal. Após o fracasso de Babilônia (2015), Braga não conseguiu voltar ao ar e teve seu último pedido negado pela Globo.
Postumamente, a emissora vem fazendo justiça à obra e à memória de Gilberto Braga, revisitando algumas de suas principais novelas.
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Gilberto Braga em alta
A Globo bateu o martelo e definiu Corpo a Corpo (1984) como substituta de Direito de Amar (1987) na programação do canal Viva. A trama estrelada por Débora Duarte e Antonio Fagundes estreou no último dia 24 de junho, às 14h40.
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Nunca reprisada antes, Corpo a Corpo era considerada por Gilberto Braga sua novela preferida.
“Na minha opinião, Corpo a Corpo é minha melhor novela, mas não é tão lembrada. O título, aliás, é muito ruim. Débora Duarte é extraordinária, mas, convenhamos, não é o primeiro nome de uma novela”, declarou o autor ao livro A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo, de André Bernardo e Cíntia Lopes.
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No Globoplay e no horário nobre
Além de estar de volta ao ar no Viva, Gilberto Braga também vem sendo celebrado no Globoplay. O serviço de streaming da Globo trouxe de volta outras duas obras do autor como atração do Projeto Resgate em junho.
Mas a celebração da obra de Gilberto Braga não vai parar por aí. Para 2025, como parte das comemorações de seus 60 anos, a Globo vai apostar num remake de Vale Tudo, considerada por muitos uma das melhores novelas de todos os tempos. Manuela Dias vai assinar a adaptação, que deve estrear no horário nobre da emissora em março do ano que vem.
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Último pedido negado
O resgate da obra de Gilberto Braga promovido pela Globo acontece pouco depois de a emissora negar o último pedido do autor. O novelista sonhava em emplacar mais um trabalho no canal, já que não queria ser lembrado pelo fiasco de sua última novela, Babilônia, escrita com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga.
O autor escreveu uma minissérie sobre Elis Regina, que não avançou por conta do filme de Hugo Prata. Depois, ele apostou Intolerância, nova versão de Brilhante (1981) para a faixa das onze, mas a trama foi engavetada. Por fim, Giba escreveu Feira das Vaidades para a faixa das seis, mas a novela foi cancelada por causa da pandemia da Covid-19.
“Não ouso dizer que antecipasse sua morte, mas naquele dia [Gilberto Braga] me disse textualmente que não queria encerrar sua carreira com um fracasso e queria voltar a trabalhar logo para recuperar seu prestígio. […] Mas superar esse fracasso era importante para ele”, revelou João Ximenes Braga em entrevista a Cristina Padiglione.
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