Após lutar pela vida, atriz perdeu medo de morrer: “Sou vaso ruim”

Drica Moraes

Drica Moraes tem história para contar… A atriz enfrentou diversos e graves problemas de saúde, que provocaram até a sua saída de uma novela – Império, de 2014.

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Tantos acontecimentos fizeram com que ela, agora no ar como Núbia, de Travessia, perdesse o medo da morte.

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“Acho que sou vaso ruim mesmo”

Drica Moraes falou sobre os percalços que enfrentou em entrevista ao jornal Extra, em 1° de agosto de 2021.

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“Como quase morri há dez anos, esse pavor eu não tenho. Fiquei por um fio presa e este planeta. Acho que sou vaso ruim mesmo”, brincou.

Na ocasião, Drica analisou as mudanças que a pandemia de Covid-19 causaram em todo o mundo:

“Mas senti um pouco essa angústia da vida, vê-la mudando, o filho crescendo sem estar com os amigos, as dificuldades de aprendizado dele, o excesso de trabalho em casa, isso me causa muita ansiedade na pandemia. Mais do que morrer”.

Doação e amizade

Em 2010, Drica Moraes foi diagnosticada com leucemia mieloide. A única forma de vencer a doença foi com um transplante de medula.

Foi por conta desta intervenção que ela conheceu Adilson, eletricista que vive em Presidente Prudente, São Paulo, o seu doador. Os dois mantém uma relação de amizade.

Drica realizou o procedimento e pôde superar tal momento de fragilidade. Ela falou sobre todo o processo e o contato com Adilson ao programa Conversa com Bial.

“Eu disse ‘Oi’. Ele disse ‘oi fia’. Não tinha roteirista para escrever esse diálogo, eu não sabia o que dizer, o que você ia falar para uma pessoa dessas? Ele falou ‘você tá bem, fia?’. Eu disse ‘eu tô bem, você salvou minha vida. Qual o seu nome?’”, relembrou.

A saída de Império

Em 2014, a atriz voltou a enfrentar problemas de saúde. Fortes crises de labirintite e gastrite tiraram Drica Moraes de Império, na qual ela interpretava a vilã Cora. Ela lamentou a perda da personagem, a primeira em uma novela das nove.

“Foi um papel muito importante. Eu tinha tesão de fazer! Cora me demandava demais física e emocionalmente. Fui ao Projac, mas não tinha voz. Eu já vinha há um tempo com gastrite, depois labirintite. O excesso de horas trabalhadas me gerou uma baixa imunidade”, recordou.

A atriz foi substituída por Marjorie Estiano, que havia interpretado Cora na primeira fase do folhetim. O autor Aguinaldo Silva resolveu a troca com um “processo de rejuvenescimento”.

“Não tinha nada mais a ver com a doença grave que eu tinha tido quatro anos antes, porém eu ainda não estava com essa capacidade de encarar tantas horas de trabalho por tantos meses. Eu até fui à cena em que ela e o Comendador [Alexandre Nero] vão ao hotel, mas eu não tinha um fiapo de voz e havia seis páginas de texto para falar. Então, o autor tomou essa decisão [de mudar a atriz]. Eu levei um susto na hora, mas foi o que tinha que ser feito e eu acatei”, explicou.

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