Responsável por diversos sucessos do SBT, o autor Henrique Zambelli, que adaptou diversos textos latinos para a emissora, hoje em dia deixou a profissão e não pretende mais voltar.
O roteirista, que adaptou Marisol (2002, foto acima), atualmente em reprise nas tardes do canal de Silvio Santos, agora se dedica ao tarô, algo que ele descreve como “chamado espiritual”.
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Caiu de paraquedas
Henrique Zambelli começou sua carreira como roteirista em 1997, quando traduziu para português o grande êxito Pérola Negra (foto acima), originalmente um texto argentino. A trama estrearia no ano seguinte, já toda escrita e gravada.
O profissional contou ao Notícias da TV que adaptava as histórias assistindo a fitas VHS das tramas originais e que já trabalhava na rede como estagiário do curso de Rádio e TV quando fez um teste para ser promovido ao setor de teledramaturgia e foi aprovado.
Ele lia cartas dos telespectadores que enviavam sinopses de novelas para o canal a pedido de Silvio Santos. Zambelli também adaptou roteiros cubanos a mando do patrão, para que ele pudesse decidir se os compraria ou não.
“A gente tinha que fazer a tradução, mas uma tradução que fosse adaptada. Não podia ser uma tradução literal. Tinha que ser alguém que tivesse conhecimento de roteiro. Se chamasse um tradutor que não tivesse a menor noção de dramaturgia, ficaria uma porcaria”, contou.
Todos os clássicos
A prova de fogo aconteceu justamente na famosa trama estrelada por Patrícia de Sabrit e Dalton Vigh. Henrique escreveu os dez primeiros capítulos de Pérola Negra e foi efetivado.
“Aí, já assinei a novela inteira, fiz os 200 capítulos com a supervisão do Crayton Zarzy”, contou.
Depois dela, vieram as bem-sucedidas Pícara Sonhadora (2001, foto acima), Amor e Ódio (2001), Jamais te Esquecerei (2003), Canavial de Paixões (2004), o mega sucesso Esmeralda (2004), além da já citada Marisol, estrelada por Bárbara Paz.
Escrevendo somente o futuro
Aos 50 anos e agora emergido em uma nova área profissional, Henrique Zambelli (foto acima) declarou que não é ingrato à profissão que o sustentou por anos, mas, que na atualidade, não pretende retornar a trabalhar nela.
Para o momento, só lhe interessa a sua carreira como tarotista, dita por ele como “a pessoa que faz consultas com o tarô”.
“O tarólogo é a pessoa que estuda o tarô, mas não necessariamente dá consultas. Pode-se dizer que todo tarotista é um tarólogo, mas nem todo tarólogo é um tarotista”, explicou ele, que também escreveu roteiros de programas de humor.