Gracindo Júnior integrou o elenco de grandes sucessos da Record, como Cidadão Brasileiro (2005) e Poder Paralelo (2009). Apesar dos trabalhos felizes, sua saída do canal não foi das mais amigáveis: ele processou a Record após ser dispensado pela emissora, em fevereiro de 2015.
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De acordo com a defesa do ator, foi alegado que o mesmo trabalhava sem almoço, descanso e sob cláusulas extremamente rigorosas. Em abril de 2017, o juiz Delano de Barros Guaicurus, da 11ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, deu ganho de causa ao veterano.
Contrato inválido
DivulgaçãoO magistrado responsável pelo veredito considerou o contrato de PJ (Pessoa Jurídica) entre Gracinco Junior e a Record como inválido, obrigando o canal a pagar todos os benefícios de um acordo celetista.
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A defesa do famoso alegou que o pacto firmado entre as partes era uma “evidente fraude à legislação trabalhista” e possuía “cláusulas abusivas”.
Abuso
A premissa foi aceita, uma vez que a estação exigia exclusividade, total disponibilidade para atuar em programas da casa e ainda se permitia aplicar multas caso ambas as exigências não fossem cumpridas.
Segundo uma testemunha do veterano, ele não poderia recusar trabalhos, não possuía horários para realizar refeições ou descansar e ainda trabalhava 11 horas por dia.
“A mesma testemunha confirmou que o autor [Gracindo Júnior] cumpria horário rígido, com muitas horas de trabalho e sem intervalo para refeição e descanso e que havia punições na hipótese de descumprimento do horário”, disse o juiz que condenou a empresa.
A TV dos bispos foi obrigada a pagar 13º salário, férias, horas extras, reajustes, aviso prévio, multa de 40% sobre o saldo do FGTS, que por sua vez não era recolhido. Na época, o valor acordado girava em torno de R$ 200 mil.
Aposentado
Hoje, os 79 anos, Gracindo Junior deixou a televisão e passou a ter uma vida tranquila longe dos holofotes, vivendo em sua pousada em Visconde de Mauá (RJ) ao lado de sua esposa. Um “paraíso particular”, como definiu o local, em entrevista ao portal de Heloísa Tolipan.
Seu último trabalho na mídia foi na série Magnífica 70, produzida pela HBO, em 2018.
Na emissora que levou à Justiça, o artista atuou em Cidadão Brasileiro (2006), Luz do Sol (2007), Poder Paralelo (2009), Ribeirão do Tempo (2010), Rei Davi (2012), Pecado Mortal (2013) e Plano Alto (2014).