Após fiasco, Globo começou a pensar na aposentadoria do BBB

Tadeu Schmidt BBB

Ao longo da história da TV, muitos formatos foram testados e inventados. Alguns deram certo e fizeram imenso sucesso, já outros foram cancelados e esquecidos pelo público. Mesmo com todo o êxito, atrações saíram do ar antes que viesse o fracasso. E uma grande produção, atualmente comandada por Tadeu Schmidt (foto abaixo), quase foi cancelada pela falta de interesse do público.

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No início dos anos 2000, a televisão viveu o boom dos realities shows: cada emissora tinha o seu programa, que sempre envolvia anônimos em busca de dinheiro e fama.

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Em 2002, a Globo colocou no ar o Big Brother Brasil que, instantaneamente, tornou-se um fenômeno de público e faturamento.

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Uma casa nem tanto vigiada

A atração se tornou o coringa da Globo do início do ano, época em que todos os programas estavam de férias. Com o passar do tempo, a emissora, por sua vez, mudava algumas coisas no reality, mas sem sucesso, já que o formato foi perdendo força e o público foi perdendo o interesse a cada nova temporada.

Resultado: a audiência caiu. Em 2014, o programa foi derrotado quatro vezes seguidas pelo Programa Silvio Santos (foto acima), em um dia supostamente aguardado por todos, a formação do paredão.

Mesmo com todos esses problemas, a Globo renovou o contrato com a Endemol até 2018, mas a direção já pensava que aquele seria o último contrato com a produtora holandesa – nada de BBB em 2019.

Plano de aposentadoria

Segundo uma reportagem do Notícias da TV, em 13 de abril de 2014, diretores do canal acreditavam que o programa perderia fôlego nos anos seguintes e seria um elefante branco para a programação do primeiro trimestre.

Por outro lado, os profissionais da área de dramaturgia eram os mais interessados no fim do reality – ansiavam por uma oportunidade a fim de emplacar novos projetos no horário da atração.

Mas nem todos tinham essa opinião. O programa era um verdadeiro campeão no faturamento e, por essa razão, a área de vendas da Globo mantinha o sorriso de orelha a orelha. Assim, o Big Brother seguiu sua estrada e aproveitou para substituir o apresentador em 2017: Tiago Leifert (foto acima) ficou no lugar de Pedro Bial. A audiência vivia em uma montanha russa, mas tudo mudaria em 2020.

Renascendo das cinzas

O programa sofreu uma grande mudança. Para começar, anônimos dividiram a casa com artistas e influenciadores, como Manu Gavassi, Babu Santana, Boca Rosa (foto acima), entre outros. Assim, a audiência ressurgiu das cinzas e subiu. Finalmente, o reality se conectou com o público das redes sociais e voltou a ser assunto em todos os lugares.

Segundo uma reportagem do UOL, de 13 de janeiro, o BBB 23 pode superar a marca de 1 bilhão de reais em patrocínio. Ao longo dessa temporada, mais de 30 marcas vão passar pela casa mais vigiada do Brasil. Quem anuncia no “Top 5 segundos” desembolsa cerca de 37 milhões de reais. Neste ano, a Globo prometeu um recorde na premiação ao vencedor, o que será dinheiro de troco para o canal.

Mesmo enfrentando alguns percalços, hoje é impossível ver o BBB fora do ar. Ele é um produto estratégico para a TV aberta, a fechada e o streaming, que, pelo Globoplay, dá acesso a todas as câmeras da casa para quem assina. Produtos licenciados, como o edredom do quarto do líder, já esgotou nas lojas.

Quem torce para o fim do reality é bom esperar sentado. Quem sabe, lendo um bom livro.

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