Após fiasco de programa, canal queria esconder Mion nas madrugadas

Marcos Mion apresentando o Caldeirão - Reprodução / Globo

Marcos Mion apresentando o Caldeirão - Reprodução / Globo

No início do século 21, Marcos Mion despontava como uma das maiores novidades da TV. Sucesso na MTV Brasil, o apresentador se tornou o queridinho do público e da crítica, fazendo a Band crescer os olhos para cima da nova estrela que nascia.

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Reprodução / Globo

A popularidade de Mion junto à crítica e ao público jovem era tudo que o canal precisava para dar uma sacudida em seu horário nobre, que vinha sofrendo com as inúmeras reformulações do juvenil SuperPositivo. Com isso, o artista foi contratado com status de estrela.

Mas o prestígio durou pouco. Com o fracasso de sua incursão no horário nobre da Band, Marcos Mion acabou rebaixado e, por pouco, não foi parar nas madrugadas da emissora.

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Plateia de adolescentes

Divulgação / Band

Em 1996, Luciano Huck despontou na programação da Band com o juvenil H. A fórmula, que mesclava musicais e brincadeiras no palco, além das presenças de Tiazinha (Suzana Alves, foto) e Feiticeira (Joana Prado), se revelou tão bem-sucedida nas tardes da emissora que, em pouco tempo, migrou para o horário nobre.

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Mas, no final de 1999, Huck assinou com a Globo e abriu uma lacuna na grade da Band. O espaço, então, foi ocupado por Otaviano Costa que, inicialmente, assumiu o comando do mesmo H de sempre. Mas, aos poucos, a atração foi sendo modificada para se adequar ao novo apresentador e se tornou O+.

Algum tempo depois, uma nova reformulação transformou o programa em O SuperPositivo. Meses depois, o formato ganhou mais uma apresentadora, Sabrina Parlatore, mudando o nome para SuperPositivo. Otaviano saiu da atração no segundo semestre de 2001, e Sabrina tocou o barco ao lado do “elenco superpopuloso” do programa, que contava com as presenças de Theo Werneck, os gêmeos Flavio e Gustavo e a Feiticeira.

Ou seja, no final de sua existência, o SuperPositivo havia virado uma “salada” sem identidade. Com isso, o diretor Rogério Gallo, responsável pela programação da Band na época, optou por extinguir o programa de vez e partir para uma nova aposta. Foi aí que entrou Marcos Mion.

Não deu certo

Divulgação / Band

Mion, então, lançou-se à frente do Descontrole em 18 de fevereiro de 2002, substituindo o SuperPositivo. O programa se caracterizou pela total anarquia no palco e, com isso, afugentou os anunciantes. Assim, a Band se viu obrigada a intervir e transformar a atração no Sobcontrole.

No novo formato, saíram os excessos e as bizarrices e entrou um game show entre colégios. No entanto, o faturamento não aumentou e a Band acabou encerrando o Sobcontrole no início de 2003, vendendo o horário para o Show da Fé, de R. R. Soares.

O canal, então, concentrou seus esforços na faixa das 22 horas, lançando o Boa Noite Brasil, de Gilberto Barros. Já Mion teve que encarar uma triste geladeira, além dos planos de migrar para as madrugadas da Band.

Fim de noite

Divulgação / Band

Apesar do fim do Sobcontrole, o diretor Rogério Gallo ainda tinha planos para Marcos Mion na Band. O diretor cogitou levar o apresentador para o início das madrugadas de sábado, num novo programa.

“Ainda não é uma questão fechada”, explicou Gallo à Folha de S. Paulo, em 31 de janeiro de 2003.

A ideia do diretor era apostar num programa mais “livre e radical”, que pudesse aproveitar melhor as características de Mion num horário em que ele não “chocaria” o público mais tradicional. Porém, os planos jamais avançaram e Marcos Mion deixou a Band pouco tempo depois, retornando à MTV.

Anos depois…

Divulgação / Globo

Curiosamente, em outro momento, um novo plano de levar Mion às madrugadas surgiu. Ao perder o Legendários, programa que comandou na Record entre 2010 e 2017, o apresentador tentou emplacar uma atração nos finais de noite da emissora.

Mion, que ficou no ar apenas no comando de A Fazenda, viu a oportunidade de fazer algo novo na Record quando Fábio Porchat deixou a estação, encerrando o Programa do Porchat no final de 2018. O apresentador entregou um projeto de nova atração para ocupar o horário, mas a direção da Record não se interessou.

Assim, ele seguiu apenas no comando de A Fazenda até 2020, quando se desligou da Record. Pouco tempo depois, Mion foi contratado pela Globo para suceder Luciano Huck nas tardes de sábado, comandando o Caldeirão com Mion.

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